Após manifestação

Lavradores presos em manifestação serão indiciados por quatro crimes

Toda a ação foi filmada pela Polícia Militar e mais pessoas podem ser indiciadas.

Imirante Imperatriz, com informações da TV Mirante.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
(Divulgação / Ilfran de Araújo )

IMPERATRIZ – Após serem presos durante uma manifestação que interditou a MA-122, nesta segunda-feira (18), os lavradores Antônio Rodrigues Carvalho, João Antônio Ferreira da Silva e Francivaldo Ferreira Silva devem ser indiciados por, pelo menos, quatro crimes segundo o delegado regional, Eduardo Galvão.

“O comandante do 14º BPM, em posse de ordem judicial, se deslocou até a manifestação com outros policiais e deu cumprimento à ordem, suspendeu a interdição e conduziu algumas pessoas. Essas pessoas serão autuadas por associação criminosa, incitação ao crime e pelo exercício arbitrário das próprias razões. Se houver outros tipos penais ao longo da investigação serão indiciados também”, afirmou Eduardo Galvão.

Ainda segundo o delegado, toda a ação foi filmada pela Polícia Militar e essas filmagens devem ser usadas para identificar mais pessoas que participaram da manifestação.

Essa foi a terceira vez que os moradores do povoado Jenipapo, que atualmente pertence ao município de Buritirana, interditaram a MA-122 em protesto contra a divisão territorial. Eles querem voltar a ser parte do município de Senador La Rocque.

Após a prisão dos lavradores, várias pessoas que participaram do protesto na rodovia foram para frente do Plantão Central da Polícia Civil, em Imperatriz, para testemunhar a favor dos três lavradores presos. Os moradores também reclamaram de abusos por parte da Polícia Militar, inclusive, contra crianças e adolescentes.

O comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar (14° BPM), tenente-coronel Edeilson Carvalho, nega que os policiais tenham agido com violência. Ele disse, ainda, que as imagens da operação comprovam que ação não teve excesso por parte dos policiais.

Segundo o delegado regional, se houve excessos será investigado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar e pela supervisão de crimes funcionais.

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