IMPERATRIZ – Um grupo de profissionais da saúde do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), mais conhecido como “Socorrão” foram à Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (2), reclamar de cortes no valor da gratificação paga por plantões extras dos servidores do HMI.
Os representantes relataram que a medida já teve seu primeiro reflexo negativo na escala dessa segunda-feira (1), quando a falta de profissionais, resultou na queda dos serviços prestados nos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Socorrão.
A enfermeira do HMI Keilane Carvalho, conta que, além do corte anunciado pelo diretor do hospital, numa reunião na manhã dessa segunda (1), os servidores não tiveram reajuste no vencimento salarial este ano.
“Viemos solicitar a colaboração para que nos ajudem num rol de mudanças que estão acontecendo dentro do HMI. Este ano, isso abrangendo a área da saúde em geral, não tivemos reajuste. Além disso a direção pretende reduzir o valor desse vencimento. Nosso adicional noturno, que há 10 anos vem sendo ajustado num valor, pretendem reduzir”, ressalta a servidora.
A enfermeira completa dizendo que a quantidade de profissionais não é o suficiente para tornar o delicado atendimento no HMI, agradável.
“Existe a chamada Lei do Dimensionamento da Equipe, que diz que qualquer profissional da enfermagem tem uma quantidade de pacientes que deve ser por eles atendida. No município, ainda, não há algo que defina isso corretamente. Nós temos profissionais, por exemplo, que acompanham trinta pacientes, mas ficam responsáveis por quarenta, cinquenta ou até mais”, reclama Keilane Carvalho.
Procurado pelos servidores da saúde, o vereador Carlos Hermes, se mostrou preocupado com a situação, pois ela é refletida diretamente no atendimento ao paciente.
“Eles reclamam da redução da dobra e do valor pago por essa dobra. Com essa redução, o salário cai quase pela metade. Os trabalhadores da saúde é quem irão sofrer com o impacto, e isso gera uma diminuição na qualidade do atendimento, que já tem precariedade pelas condições estruturais e afins”, observa o vereador.
Carlos Hermes, conta, também, que o município deve ter ser delicado ao realizar cortes na cidade.
“Já que a prefeitura fala que está em crise, o corte deve acontecer em locais que não prejudiquem a vida, e esses profissionais lidam com a vida no dia a dia. Se eles não estão satisfeitos, a qualidade diminui. Com isso, a tendência é aumentar a precariedade e as mortes no Socorrão”, finaliza.
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