Comissão Nacional da Verdade

Prorrogado o prazo para conclusão dos trabalhos da CNV

A Comissão Nacional da Verdade tem agora até o dia 16 de dezembro de 2014 para apresentar o relatório final.

Alan Milhomem / Imirante Imperatriz*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h59

IMPERATRIZ – A presidenta Dilma Rousseff prorrogou, por meio da Medida Provisória (MP) 632, publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União, os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV). O decreto de criação previa a conclusão das atividades em maio de 2014, após dois anos de trabalho. A prorrogação estabelece mais sete meses, até 16 de dezembro do próximo ano, para a apresentação do relatório final, contendo as atividades realizadas, os fatos examinados, as conclusões e recomendações.

A prorrogação era pleiteada desde o primeiro semestre deste ano, pois os membros da CNV consideravam difícil a conclusão do relatório final até maio e importante a prorrogação para o aprofundamento dos trabalhos. A CNV foi criada para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar.

Entre os dias 21 e 23 de outubro a comissão cumpriu agenda aqui no Maranhão na cidade de Porto Franco, distante 102 km de Imperatriz. Os membros da CNV colheram depoimentos e amostras de sangue de familiares do líder camponês Epaminondas Gomes de Oliveira, morto sob custódia do Exército em 20 de agosto de 1971. Nessa segunda visita ao Estado, a CNV deu continuidade ao trabalho realizado em Brasília, onde, em setembro deste ano, fez a exumação dos restos mortais de Epaminondas Gomes de Oliveira.

Outros nomes identificados por Zé Marcelino, Abrão, Abelardo, Pedro, Morais e Euclides também foram investigados durante a visita. De acordo com o coordenador do grupo da CNV Daniel Josef Lerner, o trabalho realizado foi de coleta de provas para o resgate histórico do que de fato aconteceu no período da Ditadura Militar.

Após três de investigação, os membros da CNV disseram que o trabalho em Porto Franco trouxe informações de grande importância para os relatórios. No total foram 32 depoimentos colhidos nos Estados do Maranhão e Tocantins.

*Com informações da Agência Brasil.

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