IMPERATRIZ - O Centro de Cultura Negra Negro Cosme (CCNC) e o Movimento de Cultura Negra, ambos de Imperatriz, promoverão em novembro um seminário para discutir sobre a ampliação da inclusão da disciplina História da África no currículo das escolas da rede estadual de ensino.

Em vigor desde 2003, quando foi sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, a Lei Federal 10.639, que determina a inclusão da disciplina no currículo escolar do país somente há cerca de dois anos começou a ser discutida e este ano foi incluída no calendário de algumas escolas públicas imperatrizenses.

A presidente do Centro de Cultura Negra, Maria Luiza Rodrigues de Sousa, disse que uma das maiores conquistas no processo para a inclusão da nova disciplina nas escolas foi a criação da Coordenação da Igualdade Racial, formada, em sua maioria, por professores de algumas instituições de ensino superior da cidade e lideranças. A meta dessa coordenação, constituída por professores negros, foi difundir a história dos negros e sua importância para a formação do país.

Desde a criação, esse grupo vem realizando palestras em escolas, associações de moradores, dentre outros, num trabalho de base para a introdução da disciplina no calendário escolar. Uma das resistências encontradas era o fato de algumas pessoas negarem a própria a raça ou se auto-discriminarem. Em sua justificativa sobre a Lei, o Governo Federal explicou que a disciplina visa garantir o melhor aprendizado sobre a cultura negra aos afro-descendentes.

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