SÃO LUÍS - Em julgamento realizado nessa quinta-feira (29), na Comarca de Estreito, Pedro Antônio Pompeu da Silva foi condenado a 66 anos de prisão. No júri, presidido pelo juiz Gilmar de Jesus Everton Vale, Pompeu foi considerado culpado pelo assassinato de duas crianças, crime ocorrido em novembro de 2003.
De acordo com informações da denúncia, o duplo infanticídio ocorreu em um local de assentamento em Estreito. A polícia afirmou que antes de cometer o crime, o lavrador foi visto por testemunhas ingerindo bebidas alcoólicas. Logo após, pela tarde, Pedro Pompeu, lavrador, chegou ao assentamento, onde assassinou os dois menores, I.S.D., de quatro anos, e M.A.S.M., de apenas 1 ano. Aparentemente, os crimes não tiveram motivação.
Os dois irmãos foram trucidados a golpes de facão, e um dos golpes chegou a atingir a mãe das crianças. À época, o duplo homicídio deixou a população revoltada e, por pouco, Pedro Pompeu não foi linchado. Ele ainda chegou a ficar com escoriações e desfigurados em função do ataque de populares.
O Conselho de Sentença decidiu pela condenação do réu, e a pena final foi fixada em 33 anos de reclusão para cada crime, pena a ser cumprida inicialmente em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas. Além do juiz Gilmar de Jesus Everton, titular da 1ª Vara de Estreito, atuaram no julgamento o promotor Luis Samarone Batalha Carvalho e o defensor dativo Baltazar de Souza Lima.
Como o lavrador Pedro Pompeu está foragido, o juiz Gilmar de Jesus Everton Vale expediu imediato mandado de prisão contra o condenado, que não terá direito de recorrer em liberdade.
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