CODÓ - Morte neonatal é aquela que atinge bebês até os primeiros 27 dias de vida. Em 17 municípios do Maranhão o índice deste tipo de mortalidade chega à 30% e, em alguns casos, como o de Codó, a situação é ainda mais preocupante.
A realidade do nosso município é um pouco mais grave. Dados da saúde mostram que de cada 1.000 bebês nascidos, 32% não conseguem passar do vigésimo sétimo dia de vida.
Causa
A enfermeira, Rejane Coelho, explicou sobre as principais causas de morte no Maranhão dentro dessa faixa etária.
"Na maioria das vezes por causas evitáveis porque é infecção local ou, no caso, um pré-natal inadequado onde poderia ser diagnosticado algo que já viesse a facilitar este pós-nascimento do recém-nascido", ressaltou.
Na reunião, realizada ontem (4), no auditório da escola Ananias Murad, com agentes comunitários de saúde e enfermeiros, foi anunciado que Codó fará parte de um projeto estadual chamado Cuidando do Futuro que tem por finalidade reduzir este índice de mortalidade neo-natal. Uma capacitação será iniciada na próxima segunda-feira, dia 8.
Os agentes já estão com participação no projeto definida.
"Nosso trabalho é voltado na questão de fazer levantamento e orientar as gestantes para que tenham o seu cuidado devido com a questão do pré-natal para que as crianças nasçam com a saúde perfeita", explicou Rosilda Pereira da Silva, presidente do Sindicato Regional dos ACS.
Benzedeiras e parteiras
Porém outras pessoas também serão envolvidas no projeto e capacitadas, segundo a assistente social Francileide Silva, uma das articuladoras do projeto do governo do Estado.
"Quem serão capacitados? São os agentes de saúde, agentes de endemias, as parteiras tradicionais e as benzedeiras, as pessoas que estão bem ligadas á comunidade porque não tem como só os profissionais (de saúde) estarem realizando este trabalho", falou a assistente.
Incluir benzedeiras e parteiras no projeto tem finalidade específica. Elas atuarão contra certas crendices que acabam matando a criança em seus primeiros dias de vida, sem a orientação correta.
"Nós vamos ter que chamar esses benzedores, essas parteiras para se aliarem conosco pra realmente ver o que é uma moleira caída, ver o que é algo mais para o lado da crença e o que é realmente uma doença que precisa ser tratada de forma imediata", concluiu Rejane Coelho, anjo da guarda do projeto em Codó.
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