RIO DE JANEIRO - A mortalidade infantil continua em queda no Brasil. Os dados divulgados, nesta quinta-feira (24), na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que as mortes de crianças com até 1 ano de idade passaram de 4% do total de óbitos registrados em 2005 para 2,5% em 2015. Na faixa até 5 anos, esse percentual caiu de 4,8% para 3% dos óbitos.
Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28% do total no Brasil e os de menores de 5 anos, 35,6%. “Cabe enfatizar que a diminuição dos níveis de fecundidade também contribuiu de forma significativa para o declínio destes percentuais”, diz o estudo.
O IBGE também atribui o declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo), além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida.
“Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais, mas também de entidades privadas e organizações sociais, foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e infantojuvenil”, mostra a pesquisa.
Envelhecimento da população brasileira
O estudo aponta que o aumento do volume de óbitos registrados no Brasil nos últimos dez anos, passando de 992.477 registros de óbitos em 2005 para 1.227.396 em 2015, um acréscimo de 23,7%, ocorre “em virtude da diminuição da mortalidade nas idades iniciais, fazendo com que um maior contingente de indivíduos chegue às idades finais, onde a mortalidade é elevada, gerando um aumento no número de óbitos nas idades mais avançadas”.
Em 1974, a morte das pessoas de mais de 65 anos representava 27,3% do total, quando o país ainda tinha uma população muito jovem. A partir de 2005, 52,4% dos óbitos registrados são da população idosa. Em 2015, este percentual alcança 58,1%.
“A estrutura de óbitos vem se modificando fortemente no Brasil com a tendência que se concentre cada vez mais nas idades finais da vida”, afirmou o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque.
O estudo Estatísticas do Registro Civil é resultado da coleta das informações prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país.
Saiba Mais
- Mesmo com queda em 20 anos, taxa de mortalidade infantil no Maranhão ainda é maior do que a média brasileira
- ONU diz que cerca de 7 mil recém-nascidos morrem diariamente no mundo
- Maranhão tem 4ª maior taxa de mortalidade infantil no Nordeste
- Mortalidade infantil no país cai e chega a 14,4 por mil nascidos vivos
- Mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade em 25 anos, diz OMS
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.