Ameaça

Conselheira tutelar é ameaçada de morte em Codó

Acélio Trindade

Atualizada em 27/03/2022 às 13h16

CODÓ - A conselheira que preside o Conselho Tutelar de Codó, Iracy de Sousa, está sob ameaça de morte. Segundo ela, o telefonema ameaçador aconteceu depois que denunciou na imprensa três casos de abuso sexual contra menores ocorridos este ano.

Denunciados - Um na zona rural de Codó, onde 6 homens teriam se aproveitado de uma criança de 6 anos de idade sem chegar a conjunção carnal. Outro de um amigo da família da vítima que teria pedido para levar a menina de 4 anos até sua casa. Dias depois a criança teria declarado que o agressor tinha “namorado” com ela.

O mais grave, também é o mais recente. Um pastor engravidou uma criança de 11 anos de idade. Hoje a menina está com 4 meses de gestação, segundo exames médicos. Nenhum deles está preso, a maioria está fora da cidade por precaução, mas nem mandado de prisão expedido contra eles existe. No caso do pastor, o inquérito foi instaurado semana passada e ele foi apenas intimado para depor, nunca compareceu.

Coragem - Iracy garante que seu trabalho vai continuar. A ameaça que sofreu lhe serve apenas de incentivo.

“Eu vou continuar o meu trabalho, vou ficar fazendo o que eu faço, as denúncias que eu faço. Vou continuar. Vou falar na hora de falar, encaminhar pra onde é de direito e não é isso que me intimida, pelo contrário, eu me sinto reforçada em cima de todas essas ameaças”, afirmou a presidente.

Solidários - Os demais integrantes do atual colegiado mostraram-se solidários numa entrevista coletiva. Criticaram a impunidade que existe na maioria dos casos denunciados à polícia e ao Ministério Público.

Todos reforçaram a intenção de continuar denunciando todo e qualquer caso. Domingos Paiva, por exemplo, pediu, inclusive, que a população continue ajudando o Conselho revelando os casos de abuso.“Nenhuma pessoa dessa cidade pode se intimidar com me do de levar qualquer informação, por ventura, temendo retaliações porque as informações serão sigilosas”, afirmou.

A ameaça já é do conhecimento da polícia civil de Codó, do Ministério Público e, brevemente, da Polícia Federal, segundo informou o Conselho.

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