Ação policial

Bando criminoso suspeito de fraudar benefícios previdenciários é desarticulado durante cerco da PF

A organização criminosa atua no Maranhão e no Piauí e teria gerando um prejuízo acima de R$ 772 mil ao INSS.

Imirante.com

A operação Tambaqui realizada pela PF em Caxias e Teresina, no Piauí.
A operação Tambaqui realizada pela PF em Caxias e Teresina, no Piauí. (Foto: Divulgação)

CAXIAS - Cinco pessoas foram presas em Caxias, no interior do Maranhão como ainda ocorreram duas prisões na capital piauiense durante a operação Tambaqui. Este cerco foi realizado nesta terça-feira (10) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar benefícios previdenciários de pessoas falecidas.

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De acordo com a polícia, em Caxias, cinco pessoas foram presas por determinação judicial e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, enquanto, em Teresina, no Piauí, ocorreram duas prisões. 

A polícia também informou que duas pessoas, que foram apontadas como líderes dessa quadrilha, tiveram suas contas bancárias bloqueadas. Uma delas estava custodiada em uma unidade prisional da capital piauiense. Os investigados vão responde pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Operação

A operação foi deflagrada pela Polícia Federal e tendo o apoio da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) para desarticular a organização criminosa especializada na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de saques e realizações de empréstimos consignados em benefícios previdenciários de pessoas falecidas.

O cerco mobilizou mais de 40 policiais federais para o cumprimento de 17 mandados judiciais, sendo 10 mandados de Busca e Apreensão, cinco de Prisão Temporária e dois de Prisão Preventiva, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina. 

A operação recebeu o nome de  Tambaqui fazendo referência a um nome de um peixe de água doce que seria o termo que os membros da organização criminosa usavam para se referir aos benefícios previdenciários que conseguiam. 

Investigação

De acordo com a polícia, durante a investigação foram identificados 68 benefícios atrelados à Organização Criminosa, dos quais já se confirmou que em 24 deles o beneficiário é uma pessoa já falecida. 

Esse ato criminoso já resultou no prejuízo ao INSS, até o momento, mais de R$ 772 mil, enquanto que o prejuízo futuro estimado do INSS com o pagamento destes benefícios, com base na expectativa de vida do brasileiro, segundo o IBGE, seria superior a R$ 10 milhões.

A polícia solicitou ao Poder Judiciário o bloqueio das contas bancárias dos CPFs de duas pessoas envolvidas nas fraudes identificadas e a suspensão judicial de 31 benefícios com fraudes comprovadas.

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