CAJARI – Pais de alunos da escola municipal São José, no povoado Cajarizinho, cidade de Cajari, reclamam que os filhos estão sem aula há meses. O município, que fica na baixada maranhense, sofre também com o desabastecimento de itens básicos após a queda da ponte que dá acesso à cidade.
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Segundo Edileide, mãe de um aluno, são várias calamidades acontecendo no município e entre elas está a questão dos alunos sem aula na unidade escolar. Ainda de acordo com a mãe, a manifestação foi realizada nessa terça-feira (18).
“Está acontecendo várias calamidades públicas. Uma delas são as crianças fora das escolas até o dia hoje e não sabemos até que dia”, destaca a mãe do aluno.
Edileide também fala sobre a ausência das aulas prejudicar o futuro das crianças e jovens que estudam na escola municipal São José.
“Estas pobres crianças estão sofrendo muito com essa situação.. Sabemos que serão as mais prejudicadas no futuro de nossas gerações. Disso temos absoluta certeza, se não reivindicarmos o direito delas”, disse Edileide.
Assista ao vídeo encaminhado pelos pais
Queda da ponte
Com as chuvas intensas que atingem o município, os rios e igarapés que cortam a região transbordaram. Devido à força da correnteza, a cabeceira da ponte que fica localizada na MA-317, única via terrestre de acesso à cidade, cedeu na última sexta-feira (14).
As poucas mercadorias que chegam à Cajari são transportadas no ombro até os veículos que esperam do outro lado da ponte. Já há desabastecimento de gás de cozinha, água mineral e combustível.
No Hospital Municipal de Cajari, único da cidade, a quantidade de medicamentos e insumos no estoque também já preocupa.
“Infelizmente estão acabando [os medicamentos] e gostaríamos muito que o Estado pudesse nos ajudar de alguma forma”, afirmou Ronilson Borges, diretor-geral do Hospital de Cajari.
Isolada
Mais de 5 mil famílias foram diretamente afetadas pela enchente em Cajari. Na sede, 720 estão em bairros alagados e se recusam a deixar as casas. A situação também é precária na zona rural, onde vivem 70% dos moradores do município.
Os acessos por estradas a 107 comunidades, onde vivem mais de 4 mil famílias, estão todos bloqueados. Para alguns povoados, só é possível chegar de canoa ou de barco.
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