Após operação da PF

CPMI do INSS convoca deputado Edson Araújo para depor

Parlamentar maranhense foi alvo de operação da PF e teve sigilos quebrados.

Ipolítica

Edson Araújo é alvo de operação da Polícia Federal em São Luís
Edson Araújo é alvo de operação da Polícia Federal em São Luís (Reprodução/Assembleia Legislativa)

BRASÍLIA – A CPMI do INSS aprovou, nesta quinta-feira (13), a convocação do deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSB-MA) para prestar depoimento ao colegiado. O parlamentar é investigado pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto e foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido na manhã de hoje.

Na semana passada, o vice-presidente da CPMI, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), relatou ter sido ameaçado por Araújo e registrou boletim de ocorrência na Polícia Legislativa da Câmara. O caso reforçou os pedidos de convocação apresentados por senadores e deputados da comissão.

Requerimentos aprovados

A convocação atende a quatro requerimentos apresentados pelos senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelos deputados Rogério Correia (PT-MG), Alencar Santana (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-SP).

O colegiado também aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do parlamentar, além de requisitar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) sobre suas movimentações.

Segundo Izalci Lucas, Edson Araújo - que é presidente licenciado da Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão (Fecopema) - seria “um ator central no esquema de fraudes”. O senador citou movimentação financeira atípica de R$ 5,4 milhões detectada em contas da federação.

Núcleo político das investigações

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o colegiado entrou na fase de apuração do chamado “núcleo político” da Operação Sem Desconto.

“De agora para frente, vamos entrar no chamado núcleo político. Então, a partir da próxima reunião deliberativa não haverá mais consenso para deliberações, todos irão a voto”, declarou Viana.

Segundo ele, o grupo já identificou operadores e servidores públicos envolvidos, e agora deve focar na responsabilização de agentes políticos.

Ainda não há data definida para o depoimento de Edson Araújo.

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