BRASIL - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (13) que “nem lembrava” do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde julho. O comentário foi feito durante entrevista a jornalistas em Roma, onde o presidente cumpre agenda oficial e se reuniu com o Papa Leão XVI.
A parlamentar é alvo de um pedido de extradição e foi condenada em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. Lula evitou se aprofundar no tema, dizendo que o caso é “uma questão da Justiça”, mas afirmou que Zambelli “vai pagar pelo erro que fez, ou aqui ou no Brasil”.
“Nem lembrava desse nome. Se você não pergunta, eu nem sabia que ela estava aqui ou não. Para mim, é uma pessoa que não merece respeito de quem ama a democracia. Ela vai pagar pelo erro que fez. Ou aqui ou no Brasil”, declarou o presidente.
Situação da deputada
Após deixar o Brasil, Zambelli solicitou afastamento da Câmara dos Deputados por 120 dias, alegando questões de saúde. A licença terminou em 2 de outubro, e, como não foi prorrogada, a parlamentar passou a acumular faltas.
O regimento da Câmara prevê a perda do mandato caso o parlamentar falte a mais de um terço das sessões sem justificativa. Zambelli também responde a um processo de cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Defesa e processo
Em oitiva realizada diretamente do presídio em Roma, Zambelli defendeu a manutenção do mandato e afirmou estar “aprendendo italiano” na prisão. Ela também chamou o ministro Alexandre de Moraes, relator de seu processo no STF, de “bandido” e disse acreditar que será solta em breve.
O presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), informou que aguarda o STF levantar o sigilo do processo para pautar a votação sobre a cassação do mandato da parlamentar.
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