BRASÍLIA - O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, admitiu em entrevista nesta segunda-feira (25) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é a "única saída" para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao fazer referência a Trump, Valdemar explicou que para evitar uma condenação na ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, somente por intervenção do americano. Ele classificou o processo de "guerra".
Na próxima semana [dia 2] o STF começa a julgar Bolsonaro e outros sete réus. O presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, reservou ainda sessões nos dias 3, 9, 10 e 12 para o julgamento do núcleo crucial, o que seria responsável pelo planejamento de uma suposta tentativa de golpe no país.
"Isso é uma guerra e eu não acho que o Trump vai perder essa guerra, é minha opinião. O Trump é a única saída que nós temos, não temos outra. Porque quando o poder judiciário se comporta dessa maneira é a pior coisa que existe para todo o país. Por quê? Porque você não tem para quem recorrer", disse.
Em 9 de julho, ao justificar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, Trump citou Jair Bolsonaro, criticou o julgamento e disse que o ex-presidente é alvo de uma "caça às bruxas".
Costa Neto esteve em um debate do grupo empresarial Esfera Brasil, em São Paulo, que reuniu várias lideranças de direita para debater o cenário político atual e as eleições presidenciais do próximo ano.
Atualmente, Bolsonaro está inelegível e cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares.
A investigação em que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares apura a atuação dele e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) em ações de coação contra autoridades brasileiras envolvidas no outro processo, o que trata da tentativa de golpe.
No evento, o presidente do PL afirmou ainda que vive um momento inédito em mais de quatro décadas de carreira política.
Em meio a críticas à Justiça e às investigações envolvendo o ex-presidente, ele classificou o cenário atual como uma “perseguição constante” e disse ter dificuldades até mesmo para falar com o líder do partido.
"Nunca passei pelo que estou passando. Nunca assisti a nada, nesse período de 40 anos que estou na política, como o que está acontecendo no Brasil agora. É uma perseguição constante com o Bolsonaro", enfatizou.
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