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Eclipse parcial da Lua ocorre nesta terça com pico depois das 23h

No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.

Imirante, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 17/09/2024 às 10h18
Será possível ver o eclipse simplesmente olhando para o céu.
Será possível ver o eclipse simplesmente olhando para o céu. (Foto: Fozzie Miranda)

BRASIL - Esta noite tem eclipse parcial da Lua. O fenômeno será visto do início ao fim em todo o Brasil. Não é preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.

O início do eclipse penumbral está previsto para as 21h41 e 7 segundos (horário de Brasília). O início do eclipse parcial será, a partir das 23h12 58 segundos; a força máxima do eclipse parcial ocorre às 23h44 e 18 segundos; e o fim do eclipse ocorrerá 0h15 e 38 segundos, já na madrugada da quarta-feira (18). E, o fim do eclipse penumbral será 1h34 e 27 segundos da madrugada.

A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, explica que um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.

“A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”

Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra ela vai ficando com uma "mordidinha" escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.

“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.

Será possível ver o eclipse simplesmente olhando para o céu (desde que não haja nuvens na frente da Lua). A Lua estará bem alta no céu para todo o Brasil, o que facilita ainda mais a observação. Este será um eclipse parcial com pequeníssima parte da Lua penetrando na umbra. 

A astrônoma esclarece que, diferentemente do eclipse do Sol, no horário do eclipse lunar, quem estiver vendo a Lua verá a lua eclipsada. Ou seja, a condição para ver qualquer eclipse da Lua é que a Lua esteja acima do horizonte no local onde a pessoa está e também que não haja nuvens encobrindo a Lua.

“Como todo eclipse da Lua acontece na lua cheia e como a lua cheia fica a noite inteira no céu (ela nasce quando o Sol se põe e se põe quando o Sol nasce), então a condição é que seja noite no local que você está no horário do eclipse (e que não haja nuvens na frente da Lua)”, diz.

Os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos.

É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol acontecem em sequência. Isso se deve ao fato do plano de órbita da Lua ser inclinado em relação ao plano de órbita da Terra, de aproximadamente 5 graus. Se não houvesse essa inclinação em toda Lua Nova haveria um eclipse do Sol e em toda Lua Cheia haveria um eclipse da Lua.

Em sequência ao eclipse da Lua haverá o eclipse anular do Sol no dia 2 de outubro próximo, que também será transmitido pelo Observatório Nacional.

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