BRASÍLIA - O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, afirmou na manhã deste domingo (24) em entrevista ao Jornal da CBN, que na ocasião da morte da vereadora Marielle Franco, em 2018, ele ligou para o então chefe da Policia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, para comunicar o crime e solicitar providências nas investigações e elucidação do crime. Freixo era deputado estadual naquele ano.
Rivaldo Barbosa foi preso hoje por participação no crime, junto dos mandantes Domingos Brazão, conselheiro de contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ) e Chiquinhos Brazão, deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Ao lembrar do primeiro contato feito a uma autoridade policial logo após a morte de Marielle, Marcelo Freixo se disse indignado.
Ele lembra que na ocasião foram designados cinco delegados para investigar o caso, que acabou não avançando em relação aos mandantes.
Somente agora, sob a investigação da Polícia Federal (PF) e delação de Ronnie Lessa, um dos assassinos de Marielle, foi que os mandantes do crime tiveram as suas identidades reveladas.
Alvo de denúncias e ostracismo
Em uma delas, o Ministério Público pediu o seu afastamento por supostamente ele ter burlado a Lei das Licitações.
Em outra denúncia o delegado foi investigado por lavagem de dinheiro em inquérito que apurava as empresas de inteligência que ele abriu com a esposa no período em que era titular da Divisão de Homicídios do RJ.
Em agosto de 2019 o delegado assumiu a gestão da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais (Cecopol). Trata-se do rádio da polícia.
Um posto de menor expressão e que o levou ao ostracismo na Polícia Civil.
Ele responderá agora na Justiça por participação no crime que matou Marielle Franco.
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