Delegado preso por morte de Marielle assumiu cargo na véspera do crime
Delegado de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa foi preso como um dos envolvidos no assassinato de Marielle; ele chefiou a polícia em 2018 e depois deixou o posto por causa de graves denúncias.
RIO DE JANEIRO - O delegado de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, preso na manhã deste domingo (24) por ser um dos mandantes da execução de Marielle Franco, assumiu o comando da polícia na véspera do crime. Ele tomou posse no cargo no dia 13 de março de 2018. Marielle foi covardemente assassinada um dia depois.
Domingos Brazão e o seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foram presos neste domingo pela Polícia Federal, apontados como mandantes da morte.
Ostracismo
A passagem de Rivaldo Barbosa pelo comando da Polícia Civil foi curta. Depois de ocupar o posto e enfrentar uma série de graves denúncias, ele foi deslocado para um cargo de menor expressão na corporação.
Em agosto de 2019 ele assumiu a gestão do da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais (Cecopol). Trata-se do rádio da polícia.
Antes de chegar ao comando da polícia, ele já havia chefiado a Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, um dos postos de maior relevância na Segurança Pública daquele estado.
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Denúncias
Em 2018, mesmo ano da morte de Marielle, Rivaldo chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por supostamente ter burlado a Lei de Licitações.
A denúncia foi rejeitada pelo Poder Judiciário e o MPRJ recorreu logo em seguida.
Rivaldo também passou a ser investigado por lavagem de dinheiro em outro inquérito que apurava as empresas de inteligência que ele abriu com a esposa, no período em que era titular da Divisão de Homicídios.
Foi justamente por causa desses inquéritos que o delegado passou ao ostracismo na Polícia Civil ao ser deslocado para o comando do rádio da corporação.
Naquele ano, depois de um pedido de afastamento, ele convocou uma entrevista coletiva e se defendeu das acusações.
Ele agora está preso por participação na morte de Marielle Franco.
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