R$ 656 MILHÕES

Estatais tem o pior déficit financeiro desde 2017

O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.

Kailane Nunes / Ipolítica

Atualizada em 08/02/2024 às 15h55
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (reprodução)

BRASIL - As estatais federais voltaram ao vermelho registrando um déficit primário de R$ 656 milhões em 2023, o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor, divulgado nesta quarta-feira (07) pelo Banco Central (BC), representa o pior resultado das empresas da União desde 2017.

O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.

Em 2022, o mesmo conjunto de estatais registrou superávit de quase R$ 4,8 bilhões. A contabilidade do BC não inclui empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras.


Segundo o BC, entre 2018 e 2022 as estatais federais foram quase sempre superavitárias. No período, o único déficit primário foi registrado em 2020, ano da pandemia, quando o saldo ficou negativo em R$ 614 milhões.

Todas as empresas estatais do país, incluindo federais, estaduais e municipais, apresentaram um déficit primário de quase R$ 2,3 bilhões. Este é o primeiro saldo negativo desde 2016 e o resultado mais desfavorável desde 2015.

O aumento do rombo nas contas públicas no primeiro ano da nova gestão está relacionado, principalmente, com a alta das despesas autorizada por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Ela aprovada no fim de 2022 pelo governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a mudança, o governo obteve autorização para gastar R$ 168,9 bilhões a mais no ano passado.

Parte do valor foi usado para tornar permanente o benefício de R$ 600 do Bolsa Família. Também foram recompostos gastos em saúde, educação e bolsas de estudo, entre outras políticas públicas.

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