BRASÍLIA - . Ao coordenar a última reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma referência específica ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
O socialista permanece no cargo até o dia 8 de janeiro de 2024, quando será realizado um ato alusivo aos ataques às sedes dos Três Poderes, no início de 2023. Na última reunião do ano, o próprio Dino fez apresentação privada - um dos motivos pelos quais uma parte da audiência do presidente com seus ministros foi fechada.
No encontro, Lula voltou a citar o fato de o ministro da Justiça ser um “comunista no STF”. “Segundo a extrema-direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. E eu espero que seja um comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica, ali, meu caro Flávio Dino, com a tua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, é o teu compromisso com o povo brasileiro e o compromisso com a verdade”, disse Lula.
O presidente alertou Dino que um ministro da Suprema Corte “não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre o voto”. “Ele fala nos autos do processo e é isso que interessa para quem recorre à Suprema Corte. Eu estou confiante que você será motivo de orgulho para o nosso país”, destacou.
Ainda de acordo com Lula, o ministro da Justiça ficará no governo até 8 de janeiro, para participar do ato em Brasília. O presidente confirmou na reunião que convocará um ato para lembrar os ataques golpistas, quando vândalos depredaram o Palácio do Planalto, STF e o Congresso Nacional.
“Nós estamos tentando convocar um ato que vai ser convocado por mim, pelo presidente da Suprema Corte, pelo presidente do Senado e pelo presidente da Câmara”, disse.
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