BRASÍLIA - A bancada de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se dedicar a uma estratégia de desgaste ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), na sabatina a que ele será submetido no dia 13 deste mês na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que tem por objetivo analisar a indicação feita pelo presidente para a ocupação do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Flávio Dino será “bombardeado” com questionamentos a temas que o constrangeram em 2023, à frente da pasta. Um destes temas diz respeito aos alertas que ele havia recebido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), antes dos protestos de 8 de janeiro e a atuação da Força Nacional naquele episódio.
Outro tema que será levantado pela oposição diz respeito ao desaparecimento, até então não convincente, das imagens do 8 de janeiro que poderiam prejudicar importantes figuras do atual governo.
Além desses dois temas, a oposição abordará Dino sobre o posicionamento de Dino a respeito do marco temporal das terras indígenas.
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Maranhão
Adversários do governo preveem uma sabatina longa, que também passará pela pauta de costumes e a presença da mulher de um líder de facção criminosa no Amazonas em dois encontros com um auxiliar de Dino na Justiça. A gestão no Maranhão, estado que governou de 2014 a 2022, também deve ser alvo de questionamentos.
A oposição busca informações de Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP, ou Eduardo Imperador, que acumulou contratos na gestão de Flávio Dino no governo do Maranhão, nos últimos anos.
Eduardo Imperador já foi investigado e preso por esquemas.
A base governista tentará agir para que não haja tumulto na sabatina de Flávio Dino e para tentar blindar o socialista.
Apesar disso, acredita que conseguirá votos necessários para a aprovação da indicação feita por Lula ao Supremo.
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