GOIÁS - Foi preso na noite desta segunda-feira na cidade de Nerópolis, em Goiás, o ex-senador da República pelo estado de Roraima, Telmário Mota. Ele é suspeito de ter mandado matar a mãe da própria filha estava foragido.

Mota figura nas investigações como o mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, que em 2022 havia o denunciado à Justiça por assédio contra sua filha, que na ocasião tinha apenas 17 anos de idade. 

Ela foi morta com um tiro na cabeça em 29 de setembro deste ano, em Boa Vista, dias antes de uma audiência de julgamento da ação contra o ex-parlamentar. Ela figurava como principal testemunha da ação. 

Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", sobrinho do ex-senador, segue foragido. Os investigadores apontam o Ney Mentira como responsável pelo planejamento de execução do crime.

Já o criminoso Leandro Luz da Conceição, suspeito de ter dado o tiro que tirou a vida de Antônia, foi preso pela polícia em Caracaraí, no interior de Roraima. Luz da Conceição é acusado também de um latrocínio.

Investigação
Na manhã de ontem, a Polícia Civil de Roraima deu início a uma operação para prender o ex-senador e os demais envolvidos na trama que resultou na morte covarde de Antônia Araújo de Sousa. 

Os investigadores pediram apoio da polícia de Brasília, um possível destino do ex-senador, já naquela ocasião considerado foragido de justiça.  

De acordo com documentos obtidos pela Rede Amazônica sobre a investigação, a decisão de matar Antônia partiu de uma reunião na fazenda Caçada Real, onde Telmário Mota deixou o sobrinho Ney Mentira como responsável pela execução do crime.

A fazenda foi um dos locais alvos de busca na operação desta segunda-feira.

Investigadores descobriram que a moto utilizada pelos assassinos no dia do crime foi comprada pelo sobrinho do ex-senador. Segundo a polícia, o veículo foi adquirido por R$ 4 mil em espécie, estava em nome de outra pessoa e com documentação irregular.

O relatório cita que, após a compra da moto, o sobrinho de Mota entregou o veículo para Cleidiane Gomes da Costa, assessora do ex-senador. A assessora foi responsável por entregar a motocicleta aos assassinos, depois de ter levado o veículo para uma oficina, para reparos. 

Há imagens de Cleidiane pilotando a moto um dia antes do assassinato. 

Segundo a polícia, a assessora trabalhava com Telmário há pelo menos 20 anos e era considerada pessoa de confiança do ex-senador.

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