Relatório

CPI do MST deve votar relatório final nesta quinta-feira

A CPI foi instalada em maio para investigar invasões do MST. O prazo de funcionamento do colegiado termina no próximo dia 26, e não haverá prorrogação.

Agência Câmara

Ricardo Salles é relator da CPI do MST na Câmara Federal
Ricardo Salles é relator da CPI do MST na Câmara Federal (Divulgação)

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) reúne-se quinta-feira (21) para discutir e votar o relatório do deputado Ricardo Salles (PL-SP).

A CPI foi instalada em maio para investigar invasões do MST. O prazo de funcionamento do colegiado termina no próximo dia 26, e não haverá prorrogação.

O colegiado é presidido pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP).

A atribuição da relatoria a Salles, que foi ministro do Meio Ambiente, gerou questionamento da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP). Segundo ela, o regimento impedia parlamentares de relatar matéria quando houvesse interesses pessoais envolvidos.

Na ocasião, Bonfim sustentou que Salles tinha interesse econômico relacionado à pauta, em razão de ter entre seus financiadores usineiros e madeireiros. Além de interesses ideológicos, tendo em vista que fez campanha contra o ativismo rural.

Leia também: Toffoli busca aval do STF após anular provas do acordo de leniência da Odebrecht

“Quando foi candidato a deputado federal em 2018, Salles fez campanha baseada na criminalização do MST. Na época, ele foi investigado porque dizia abertamente que iria fuzilar os militantes do movimento”, disse a parlamentar, que teve questionamento rejeitado pelo presidente do colegiado.

A tese, contudo, não prosperou e Salles obteve respaldo para dar continuidade ao trabalho, tendo sido elogiado durante a sua participação em oitivas e reuniões do colegiado. 

Salles não participou de reunião com madeireiros, diz PF

No início do mês de setembro, uma informação oriunda da Polícia Federal acabou dando maior respaldo e credibilidade a Salles na relatoria da CPI.

O ex-ministro do Meio Ambiente não esteve em reunião que é o pivô de investigação da PF, em acusação feita pelo Ministério Público Federal (MPF), no inquérito que apura suposta “representação de interesses” do contrabando de madeira ilegal.

Foi essa denúncia que provocou a saída precoce de Salles do governo Bolsonaro (PL).

No relatório parcial elaborado pela PF, há declaração de testemunhas e uma série de detalhes das investigações, que isentam Ricardo Salles das graves acusações.

Ele concluirá agora o relatório da CPI, que será votado pelo colegiado e depois submetido ao Plenário da Câmara Federal.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.