BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), anunciou nesta segunda-feira (11) investigação da Polícia Federal (PF) contra o jornalista Alexandre Garcia, que atuou por décadas como comentarista e apresentador da TV Globo e recentemente passou pela CNN, por declarações que atingiram o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os comentários de Garcia, segundo membros do governo, tratam-se de fakenews.
Ele afirmou no fim de semana que que barragens de represas construídas por governos petistas no Rio Grande do Sul foram abertas e acabaram provocando a tragédia no estado. Técnicos que atuam no segmento, contudo, explicam que as barragens não possuem comportas.
“Inventar que o presidente da República mandou reter entrega de ajuda a atingidos por enchente para ‘tirar foto’ não é ‘crítica’. Inventar fatos para atingir honra de outrem também não é ‘crítica’. Por isso que a Polícia Federal deve apurar os casos. Não é faculdade, é dever jurídico”, escreveu Flávio Dino no twitter.
O advogado Geral da União, Jorge Messias, também determinou que a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia investigue a notícia divulgada por Alexandre Garcia.
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Defesa
No Senado da República, logo após a informação de que a AGU havia determinado investigação contra Alexandre Garcia, o senador Magno Malta (PL-ES) se manifestou em solidariedade ao jornalista.
Malta afirmou que caso o profissional seja processado, ele quer ser arrolado como testemunha na ação. Ele também disse que Alexandre Garcia possui uma história honrosa e de respeito na profissão.
“Alexandre Garcia, o Brasil o ama, o Brasil o respeita, o Brasil o cultua. Eu quero dizer a você que, se houver algum processo, eu peço um favor: dê-me o privilégio de ser arrolado como testemunha no seu processo. Por favor, coloque-me. Gostaria de estar junto nessa batalha”, pontuou.
Alexandre Garcia ainda não se manifestou sobre as investigações das quais deve se tornar alvo nos próximos dias.
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