Depoimento

CPI Pirâmides Financeiras tenta ouvir Ronaldinho Gaúcho novamente

O irmão de Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira, que é sócio da 18K foi ouvido pela CPI na semana passada.

Agência Câmara

Ronaldinho Gaúcho já deixou de comparecer ao colegiado em duas oportunidades
Ronaldinho Gaúcho já deixou de comparecer ao colegiado em duas oportunidades (Divulgação / AC Milan)

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras tenta novamente ouvir nesta quinta-feira (24) o empresário e ex-jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho Gaúcho. O ex-jogador já deixou de comparecer ao colegiado por duas vezes.

Na semana passada, os deputados decidiram para solicitar a condução coercitiva de Ronaldinho. A condução coercitiva permite que uma pessoa seja levada à presença de autoridades mesmo contra a sua vontade.

Ronaldinho é fundador e sócio-proprietário da empresa 18K. "A empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais", informa o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que pediu a oitiva com o jogador.

Ronaldinho Gaúcho afirma que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Mas Silva lembra que, em 2020, "Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores".

O irmão de Ronaldinho, Roberto de Assis Moreira, que é sócio da 18K foi ouvido pela CPI na semana passada. “Eu e meu irmão nunca fomos sócios da empresa 18K Ronaldinho. Os sócios dessa empresa são Rafael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Aliás, meu irmão foi vítima dessa empresa e dos seus sócios, que utilizaram o nome e a imagem dele sem autorização”, declarou.

A audiência está marcada para as 10 horas, no plenário 2.

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Legislação de criptomoedas
À tarde, a CPI fará nova audiência, desta vez para discutir o aprimoramento da legislação de moedas digitais sob a perspectiva dos órgãos técnicos.

Foram convidados para falar sobre o assunto: o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso; o superintende geral da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Alexandre Pinheiro dos Santos; e o procurador da República Thiago Bueno.

"A colaboração de profissionais especializados é essencial para a elaboração de uma legislação mais robusta e eficiente na prevenção de crimes ligados a criptomoedas e pirâmides financeiras", afirma o deputado Júnior Mano (PL-CE).

A Lei 14.478/22 criou o Marco Regulatório das Criptomoedas. O assunto foi regulamentado neste ano pelo Decreto 11.563/23.

Esse decreto, explica o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), traz as competências do Banco Central para regular a prestação de serviços de ativos virtuais e reserva à CVM a chamada “competência residual”  – para regular criptoativos que tenham características de valores mobiliários.

Essa audiência será realizada no plenário 3 a partir das 14 horas. 

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