CPMI

Dino atribui descarte de imagens do 8/1 a "problema contratual"

Ministro negou, contudo, que vídeos tenham potencial de mudar rumo de investigações.

Ipolítica

Atualizada em 30/08/2023 às 16h09
Invasores tomaram sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro
Invasores tomaram sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro (Foto: Joedson Alves / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou nesta quarta-feira (30) informação de que imagens de câmeras de segurança do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 8 de janeiro que registravam as lateriais, a parte de trás e o lado de dentro do prédio foram apagadas.

O caso foi revelado na terça-feira (29) pela Record TV.

Sem confirmar que o material foi efetivamente descartado, o titular da pasta afirmou que o seu secretário-executivo, Ricardo Cappelli, está “há pelo menos uma semana” tentando recuperar as imagens captadas pelas câmeras de segurança em 8 de janeiro que foram apagadas.

Segundo Dino, as imagens teriam sido apagadas por um “problema contratual” e a empresa responsável não é obrigada a manter as imagens depois de um tempo determinado. Ele rechaçou, contudo, a hipótese de que os conteúdos desses vídeos tenha potencial de mudar o rumo das investigações sobre os atos.

“Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não, não vão. Não vão aparecer infiltrados e não vai aparecer a prova desse terraplanismo que eles inventaram”, disse o ministro.

Flávio Dino disse que a própria Polícia Federal foi até o MJSP e recolheu arquivos de vídeo no início da investigação, mas que ele não tem acesso a essas imagens.

De acordo com fontes da Polícia Federal, o ministério informou que não há necessidade de armazenar essas imagens, já que não houve ataque ao interior do edifício. Apenas as imagens de duas câmeras do alto do Palácio da Justiça, viradas para a Esplanada, foram preservadas.

As gravações — que foram solicitadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro — tinham sido pedidas diretamente ao Ministério da Justiça. No entanto, na época, Dino disse que só poderia fornecer o material com a autorização do STF. O argumento foi que o compartilhamento, ainda que sigiloso, poderia comprometer o andamento das investigações em curso.

Flávio Dino ainda comentou a atuação da Força Nacional no dia dos atos extremistas. “É mentira, a Força Nacional atuou. Agora, atuou nos termos da lei. Ela estava cumprindo o que foi pactuado no dia 7”, disse.

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