CPMI do 8 de janeiro

Eliziane bate boca com Marco Feliciano: “misógino e abjeto”

Deputado disse que não agrediu relatora.

Ipolítica

Gama e Feliciano já haviam se estranhado na terça-feira
Gama e Feliciano já haviam se estranhado na terça-feira (Divulgação/Ag. Senado/Ag. Câmara)

BRASÍLIA - A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), protagonizou um forte bate-boca com o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) na sessão desta quinta-feira (24).

A sessão foi marcada pela oitiva do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, que negou as acusações que pesam contra ele de fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro; de participação nos atos de 8 de janeiro e de qualquer irregularidade em movimentação financeira considerada atípica.   

A discussão entre Gama e Feliciano ocorreu durante uma fala do deputado, que tornou público o teor de uma discussão que teve com a relatora na terça-feira (22), em reunião fechada da comissão.

“Eu não a agredi. Não fui o primeiro a partir para cima de Vossa Excelência”. Em seguida, o presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União-BA), garantiu à relatora cinco minutos para resposta.

“Quando terminou o seu grito ali comigo, e eu depois gritei também com o senhor, rebatendo o seu grito inicial, o senhor me pediu perdão, Pastor. O senhor chegou pra mim e o senhor me disse: ‘Eliziane, me perdoe’. E eu lhe respondi: ‘Eu lhe perdoo em nome de Jesus’. E eu saí dali, deputado, na frente daquela reunião tinha um batalhão de jornalistas”, disse a relatora.

“O senhor me olha com o olhar carregado de ódio. […] O senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina. O tratamento que o senhor dá às mulheres nessa Casa é surreal. O senhor não merece ser chamado de pastor, porque pastor não é carregado de ódio”, acrescentou Eliziane.A seguir, Arthur Maia concedeu ao deputado dois minutos para contradizer a relatora. “Um homem que ataca uma mulher é misógino. E uma mulher que ataca um homem é o que? Como é que a gente fala? Tem alguma lei? Tem alguma lei ou não tem? Alguém me socorre!”, exclamou Feliciano.

“Ela [Eliziane] é um mentirosa contumaz. Mentirosa contumaz! E é claro que a esquerda vai falar a mesma coisa, vai tentar aplaudi-la, por que faz parte. O convívio diz isso. Eu tenho o meu pessoal aqui que estava lá e é testemunha”, prosseguiu o deputado.

Após o entrevero, o presidente da comissão rechaçou o episódio: “Eu lamento, lamento profundamente o imbróglio que teve entre vossa excelência e a nobre senadora Eliziane Gama naquela reunião que tivemos na terça-feira. Tenho certeza de que ambos, tanto o senhor quanto ela, estão muito acima disso”, expressou Arthur Maia.

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