8 de Janeiro

Cúpula da PM do Distrito Federal é presa pela PF

Operação é resultado da denúncia que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ofereceu ao STF.

Ipolítica, com informações do g1

Atualizada em 18/08/2023 às 09h59
Policiais reunidos em frente ao apartamento do comandante geral da PM
Policiais reunidos em frente ao apartamento do comandante geral da PM (Reprodução / TV Globo)

BRASÍLIA - Uma operação desencadeada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpriu sete mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão contra membros da cúpula da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal. 

A Operação Incúria é resultado da denúncia que o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, ofereceu nesta semana ao Supremo Tribunal Federal.

Pelas investigações, oficiais que integram a cúpula da PM não agiram para impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em razão do alinhamento ideológico com os manifestantes, no dia 8 de janeiro. 

Os policiais presos durante a operação, são: coronel Klepter Rosa Gonçalves (atual comandante-geral da PM do DF; coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra; coronel Jorge Eduardo Naime; major Flávio Silvestre de Alencar; tenente Rafael Pereira Martins; e o coronel Fábio Augusto Vieira.

Os oficiais da PM são acusados de terem cometido crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM. Naime e Flávio Silvestre já estão presos.

O advogado do coronel Naime afirmaram ao portal g1 que receberam a operação com estranheza. "O Naime é inocente e vamos comprovar isso", disse Gustavo Mascarenhas. 

As investigações contra os policiais militares ocorreram nos últimos sete meses, depois de a PGR ter sido informada de uma troca de mensagens entre os oficiais. 

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Intervenção

Os policiais concordavam, segundo as investigações, levantadas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de que era necessária uma intervenção contra uma suposta “manipulação” do processo eleitoral de 2022. 

A PM do DF acompanhava as movimentações no acampamento de eleitores de Bolsonaro montado nos arredores do Quartel General do Exército, em Brasília.

Os procuradores têm indícios de que a cúpula da PM infiltrou agentes de inteligência entre esses manifestantes para obter informações. E que tinha plena consciência da magnitude e da gravidade dos atos que estavam sendo planejado para 8 de janeiro.

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