BRASÍLIA - O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na manhã desta quarta-feira, durante o 35º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília, que é preciso ter cautela na análise a respeito do combate à inflação no país.
Ele disse que o Brasil conseguiu dar importantes passos nos últimos meses, mas ponderou que a batalha ainda não foi vencida.
“A luta contra a inflação não está ganha. Como temos uma meta de 3%, temos de perseverar. É preciso acompanhar o processo”, disse.
Apesar de ter feito ponderações a respeito do combate à inflação, Campos Neto disse que há evidente tendência de desaceleração da inflação no país, o que ele considera como algo positivo.
Segundo ele, “tanto a inflação de serviços quanto a inflação do núcleo de serviços estão um pouco mais comportadas”.
A inflação no país ficou em 0,12% no mês passado, voltando a subir depois de ter recuado 0,08% em junho. No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%.
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Combustíveis mais caros
O presidente do Banco Central também falou sobre o recente aumento no preço dos combustíveis no país. Em São Luís, por exemplo, consumidores fizeram filas em postos de combustíveis nesta terça-feira.
Ele explicou que o reajuste nos preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras, anunciado pela Petrobras, deve causar algum impacto sobre a inflação, mas nada que assuste muito.
“Ontem [terça-feira], tivemos o reajuste de combustíveis, que vai ter um impacto em 2023. Achei acertada essa decisão. Não é bom ter um distanciamento grande do preço. Mesmo tendo um impacto, achamos que é uma decisão acertada”, pontuou.
Para o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
“Houve muito ruído sobre a meta no início do ano. Sempre tivemos a posição de que, quando você sobe a meta, está passando ao mercado a impressão de que quer conviver com uma inflação mais alta”, disse.
E completou: “Hoje, as metas são entre 2% e 3% em grande parte dos países”.
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