BRASÍLIA – O último Boletim Focus de 2025, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29), aponta que o mercado financeiro revisou para baixo, pela sétima semana consecutiva, a expectativa para a inflação oficial do país. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 4,32%, consolidando um cenário dentro do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A meta central de inflação para este ano é de 3%, com uma margem de tolerância que permite o índice chegar a até 4,5%. Com o resultado estimado de 4,32%, a economia brasileira encerra o período respeitando os limites oficiais, apesar da pressão exercida pela alta nas passagens aéreas registrada em novembro.
Taxa Selic no maior nível em quase duas décadas
Por se tratar da última consulta do ano e com os números praticamente consolidados, o relatório não apresentou novas projeções para a taxa básica de juros. A Selic encerra 2025 em 15% ao ano, mantendo-se no patamar mais elevado desde julho de 2006.
A taxa iniciou uma trajetória de alta em setembro de 2024 e atingiu o nível atual na reunião de junho deste ano, permanecendo inalterada desde então como estratégia para controlar o índice de preços.
PIB e Câmbio estáveis
Em relação ao crescimento econômico, o mercado manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,26% para 2025. Para os anos seguintes, 2026 e 2027, a expectativa é de um crescimento mais moderado, projetado em 1,80%. O desempenho deste ano foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria.
No cenário cambial, houve uma leve oscilação na projeção do dólar, que passou de R$ 5,43 para R$ 5,44 no fechamento deste ano.
Expectativas para os próximos anos (IPCA):
- 2025: 4,32% (dentro da meta)
- 2026: 4,05%
- 2027: 3,80%
O resultado consolidado do PIB representa o quarto ano consecutivo de expansão da economia brasileira, após um crescimento de 3,4% em 2024.
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