CPMI do 8 de janeiro

Eliziane critica ausência da oposição em oitiva de fotógrafo

Relatora da comissão compartilho imagem de plenário praticamente vazio.

Gilberto Léda/ipolítica

Senadora postou foto com plenário vazio
Senadora postou foto com plenário vazio (Eliziane Gama)

BRASÍLIA - A senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), criticou na tarde desta terça-feira (15) parlamentares de oposição que ausentaram-se, após o meio-dia, da sessão de depoimento do fotógrafo Adriano Machado, da Reuters.

O profissional de imprensa esteve dentro do Palácio do Planalto registrando a movimentação de invasores. Ele chegou a ser acusado de ter ensaiado depredações no prédio para conseguir melhores imagens.

Segundo a senadora, a postura da bancada oposicionista acabou por confirmar que a oitiva do repórter-fotográfico “era desnecessário”.

“Agora as 14:49 esse é plenario da CPMI no depoimento do jornalista da Reuters: nenhum parlamentar da oposição na sessão, todos foram embora. Até eles calaram e confirmam com suas ausências que o depoimento era desnecessário”, disse, ao compartilhar uma imagem do plenário praticamente vazio.

Ameaças - Em depoimento à CPMI Machado, disse que apenas cumpriu seu trabalho ao fotografar os ataques dos invasores de dentro do Palácio do Planalto. O profissional de imprensa afirmou que teve contato com os manifestantes durante a depredação como estratégia para preservar sua própria vida, ao ter sido abordado para deletar imagens da sua câmera e, em alguns momentos, ter sido alvo de xingamentos e de ameaça.

“Por volta de 15h45 [do dia 8 de janeiro], eu percebi que uma pessoa foi em direção ao gabinete da Presidência da República, e isso chamou minha atenção, e fiquei atento aos acontecimentos. Para a minha segurança, permaneci em um local de maneira discreta. Aproximadamente às 15h55, outras pessoas chegaram na antessala do gabinete da Presidência da República e forçaram a entrada na porta de vidro. Quando eu vi esse grupo, como profissional, registrei aquele momento, como qualquer outro fotojornalista faria. Fiz os registros de forma discreta; acredito que eles não tenham me visto. Quando eles abriram a porta de vidro da antessala, eu, como fotojornalista, acompanhei para registrar todo o acontecimento. Naquele momento, o clima era extremamente hostil e instável. Então, eu tomei bastante cuidado com a minha segurança. Foi quando eles perceberam a minha presença, me cercaram e questionaram quem eu era e o que eu estava fazendo ali”, declarou.

Adriano Machado participou da cobertura dos ataques aos Três Poderes e sua convocação teve como base as imagens divulgadas pela imprensa, nas quais , segundo os autores do requerimento, ele estaria "confraternizando" com participantes dos ataques.

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