BRASÍLIA - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) defendeu no Plenário nesta quarta-feira (9) o pedido de impeachment contra o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentado em julho por parlamentares da oposição. O pedido é assinado por 17 senadores e 70 deputados.
Girão explicou que o pedido é motivado pela participação de Barroso na abertura do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizada no último dia 12 em Brasília. Para o senador, Barroso é “reincidente” na prática de tomar lado "politicamente".
“Não pode haver manifestação mais explícita de militância político-partidária do que participar como orador de um congresso da UNE, há décadas dominada politicamente pelo PCdoB e pelo PT. Essa participação foi muito agravada pela declaração emocionada em que ele diz: “Nós derrotamos o bolsonarismo”. Se eu for relatar as declarações de cunho político do ministro Barroso, o meu tempo [de orador] não dá. É uma atrás da outra. Em toda a história da Suprema Corte brasileira, nunca houve tamanho ativismo judicial”.
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O senador lembrou que este não é o primeiro pedido de impeachment contra um ministro do STF e lamentou que os demais não tiveram andamento. Para Girão, isso representa uma “omissão covarde” do Senado e permite a consolidação de uma “ditadura do Judiciário”, que diminui os demais poderes.
“Temos que trabalhar no limite das nossas forças para que o Senado reaja. Precisamos que esta Casa se dê valor. Esta Casa precisa se levantar para o bem do Brasil e dos brasileiros. Só o Senado tem a prerrogativa de investigar eventuais abusos de ministros do Supremo. Vamos continuar fazendo a nossa parte, cobrando uma atitude digna desta Casa. O cerco está se fechando cada vez mais”.
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