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Bolsonaro rebate TSE e diz que PDT defendia voto impresso

Ex-presidente usa vídeo de Carlos Lupi, autor da ação contra ele defendendo o uso do comprovante de votação.

Ipolítica com Oglobo

Atualizada em 28/06/2023 às 15h13
O julgamento será retomado nesta quinta-feira, quando os demais ministros devem apresentar seus votos.
O julgamento será retomado nesta quinta-feira, quando os demais ministros devem apresentar seus votos. (Reprodução)

BRASÍLIA- O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou pela primeira vez sobre votação no Superior Tribunal Eleitoral (TSE) que pode levar a sua inelegibilidade. Bolsonaro resgatou um vídeo em que o atual ministro da Previdência Social e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, defende a emissão de um recibo impresso após o voto.

O partido é o autor da ação que pode deixar o ex-mandatário fora da disputa eleitoral por oito anos.

No dia de ontem, 27 de junho, o senhor ministro Benedito Gonçalves, relator, deu o seu voto pela minha inelegibilidade por oito anos, sob a acusação de abuso de poder político numa reunião com embaixadores. Agora, o autor da ação é o senhor Carlos Lupi, presidente do PDT e atual ministro da Previdência Social do Lula. Veja o que ele disse há poucos meses sobre esse mesmo assunto, diz Bolsonaro.

O trecho do vídeo utilizado por Bolsonaro foi publicado em 27 de maio de 2021 no perfil de Carlos Lupi no Twitter. “Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem. Sem a recontagem, a fraude impera”, afirma a postagem.

Bolsonaro está sendo julgado no TSE por abuso de poder. Ação do PDT é em virtude de uma reunião com embaixadores em julho de 2022, quando o então chefe do Executivo, a 76 dias do pleito que elegeria Lula como presidente, atacou o processo eleitoral sem apresentar provas. 

Benedito Gonçalves, relator do caso, votou ontem a favor da inelegibilidade do ex-presidente. No mérito julgo parcialmente procedente o pedido para condenar o primeiro investigado, Jair Messias Bolsonaro, pela prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na eleição de 2022 em razão da responsabilidade direta e pessoal pela conduta ilícita em benefício de sua candidatura à reeleição. Declaro sua inelegibilidade por 8 anos seguintes ao pleito de 2022, votou o ministro.

O julgamento será retomado nesta quinta-feira, quando os demais ministros devem apresentar seus votos.


 


 

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