Independência ferida

Sergio Moro critica indicação de Cristiano Zanin para o STF

Sergio Moro atuou como juiz no processo da Lava Jato contra Lula e Zanin trabalhou na defesa do presidente; ele conseguiu anular condenações de Lula no STF.

Ipolítica

Moro disse que indicação de Zanin fere a independência do STF e o espírito republicano
Moro disse que indicação de Zanin fere a independência do STF e o espírito republicano (Edilson Rodrigues / Agência Senado)

BRASÍLIA - O senador da República e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil/PR) criticou a indicação do advogado de Lula (PT), Cristiano Zanin, para vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zanin já teve a sua indicação direcionada ao Senado - que deverá conduzir uma sabatina -, e deverá assumir nas próximas semanas a vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, aposentado no mês de abril. 

Para Moro, o fato de o advogado de Lula assumir posto no Supremo atinge a independência da instituição e fere o “espírito republicano”.

"A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano", escreveu em seu perfil no twitter.

Defesa na Lava Jato

Zanin foi o advogado responsável pela defesa do presidente Lula na operação Lava Jato. Na mesma ocasião, Moro foi o juiz responsável por julgar e condenar o petista.

Logo depois, Zanin conseguiu anular condenações de Lula e o tornar novamente elegível junto ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desde a eleição de Lula, em 2022, a indicação do advogado tem sido defendida por aliados do petista. 

Oficializada

Foi publicada nesta quinta-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União, a indicação de Zanin para uma vaga de ministro do STF. 

A MSF 253/2023, com a indicação, será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Zanin será sabatinado e terá o nome submetido a votação. Depois, a indicação ainda precisa ser analisada no Plenário. De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a votação em Plenário deve acontecer depois do feriado de Corpus Christi, que neste ano será em 8 de junho.

“Ele [Zanin] está animado, otimista, obviamente visitará os senadores para se apresentar, falar de seu passado, de seu perfil, dentro da normalidade de toda e qualquer indicação”, disse Pacheco nesta quinta-feira.

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