Recado

'Daqui para a frente, governo vai ter que andar com suas pernas', diz Lira

Arthur Lira afirmou que o Governo está longe de comemorar uma base na Câmara e alertou para votação de matéria no Senado da República.

Ipolítica, com informações do g1

Arthur Lira é presidente da Câmara Federal
Arthur Lira é presidente da Câmara Federal (Lula Marques / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Governo Lula (PT) terá de andar com as suas próprias pernas a partir de agora. A declaração ocorreu depois da aprovação da Medida Provisória que reorganiza ministérios da atual gestão. 

Houve muita negociação na Câmara até a aprovação da peça e a liberação de mais de R$ 1,7 bilhão do Governo em emendas parlamentares.

A votação se estendeu até a madrugada desta quinta-feira. Agora a peça será encaminhada ao Senado da República, onde precisará ser apreciada. 

A medida provisória que mantém a composição do governo Lula, foi aprovada por placar de 337 a 125. 

Ao deixar o Congresso, Lira disse que os líderes de partidos independentes que não fazem parte da base do governo reconheceram a necessidade de dar mais uma oportunidade ao Planalto.

"Estamos longe de estarmos comemorando uma base, como alguns tentam perpassar. Amanhã será um novo dia. Dia de Senado apreciar a matéria", afirmou o presidente da Câmara. 

Lira também afirmou que que o governo vai ter mais uma oportunidade de trabalhar em uma articulação mais permanente para ter condições de "ter dias mais tranquilos".

"Importante que se diga, deixe claro, que daqui pra frente, governo vai ter que andar com suas pernas. Não haverá nenhum tipo de sacrifício", enfatizou.

Lira afirmou que a construção do placar foi feita com "muita conversa, parcimônia e tranquilidade dos líderes".

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Insatisfação generalizada

Na manhã de quarta, antes da votação do texto, Lira disse que existe uma "insatisfação generalizada" da Câmara com a articulação política do governo.

Para que a MP fosse aprovada, o presidente Lula precisou entrar pessoalmente nas negociações. Além disso, o governo liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares, um recorde para o ano.

Editada por Lula em janeiro, a MP aprovada na Câmara nesta quarta-feira (30) criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas.

Se perder a validade, a Esplanada, atualmente com 37 pastas, retornará ao formato de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 23 ministérios. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (União-MG), marcou para esta quinta a sessão para votar o texto na Casa.

Mesmo com a aprovação na Câmara, a estrutura original montada pelo governo acabou sofrendo algumas modificações, principalmente nos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, o que gerou insatisfações.

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