BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) realizou na manhã de hoje (11) a 11ª fase da Operação Lesa Pátria. O objetivo foi identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos de 8 de janeiro, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos e depredados.
Vinte e dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta manhã, todos expedidos pelo STF. As ações ocorrem em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Foi determinado também o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões para cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.
“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, destacou a PF em nota.
De acordo com a corporação, as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
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Investigações
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou a operação realizada nesta quinta-feira pela PF. Ele disse que há duas operações distintas sendo realizadas no estado do Paraná.
“Polícia Federal realiza hoje duas operações no Paraná. Uma é relativa a financiamento de atos golpistas de 8 de janeiro, com o cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão. Outra operação é relativa a tráfico de drogas, com 7 presos (até o momento). Em ambos os casos, a meta é a mesma: garantir a autoridade da Lei em defesa da sociedade”, escreveu em seu perfil em rede social.
Ele afirmou que em relação a segunda operação, que diz respeito ao tráfico de drogas, foram cumpridos mais de 40 mandados.
“Sobre a operação contra o tráfico de drogas, são 43 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão nos Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. Também está havendo o sequestro de diversos bens cujos valores estimados ultrapassam R$ 30 milhões de reais, além do bloqueio de contas bancárias das pessoas e empresas envolvidas”, pontuou.
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