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Michelle Bolsonaro defende fim da cota de gênero em evento do PL Mulher

Ex-primeira-dama participou de ato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)

Ipolítica

Michelle Bolsonaro deu posse a Rosana Valle como presidente do PL Mulher SP
Michelle Bolsonaro deu posse a Rosana Valle como presidente do PL Mulher SP (Divulgação/PL)

SÃO PAULO - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro defendeu neste sábado (6) o fim das cotas de gênero em processos eleitorais.

A medida em vigor garante que pelo menos 30% das vagas de candidatos nos partidos - e igual percentual do fundo eleitoral - sejam destinados a mulheres.

Michelle é presidente nacional do PL Mulher. De acordo com a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a sigla deseja que as mulheres estejam na política pelo próprio "potencial".

“Nós queremos erradicar a cota dos 30%, queremos mulheres na política pelo seu potencial",  disse ela, durante a cerimônia de posse da deputada federal Rosana Valle (PL-SP) como presidente do PL Mulher do diretório estadual de São Paulo.

Horas após o evento, ela retificou a fala, em publicação nas rede sociais.

“Retificando, eu sou a favor da cota sim. Nós queremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo, nós não queremos apenas cumprir uma cota de 30%. Nós acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira", afirmou.

Laranjas

Desde 2020, a Justiça Eleitoral tem sido dura contra partidos que têm tentado fraudar a cota de gênero das eleições. No Maranhão, por exemplo, há quase uma dezena de casos de chapas inteiras de candidatos a vereador cassadas em virtude do uso de candidaturas femininas laranjas.

No fim do mês de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar a limitação da responsabilização por fraude nas candidaturas femininas aos partidos e aos responsáveis pelo abuso de poder. Ou seja, os candidatos também serão responsabilizados pela fraude em cota de gênero.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) julgada pelos ministros, o partido Solidariede propunha que os possíveis beneficiários de fraudes a esta regra não fossem punidos, pois concorreriam de boa-fé nas eleições.
 

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