Caso das joias

Bolsonaro poderá depor hoje na Polícia Federal, em Brasília

Até o momento, todas as audiências previstas na PF estão todas marcadas para a parte da tarde.

Agência Brasil

Segundo a PF, sempre há a possibilidade de as oitivas serem feitas por vídeo conferência.
Segundo a PF, sempre há a possibilidade de as oitivas serem feitas por vídeo conferência. (Reprodução)

BRASÍLIA- O ex-presidente Jair Bolsonaro tem depoimento previsto para o início da tarde desta quarta-feira (5), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, sobre os três kits de joias que recebeu da Arábia Saudita. Os detalhes sobre o depoimento estão sob sigilo.

Até o momento, todas as audiências previstas na PF estão todas marcadas para a parte da tarde. A expectativa, portanto, é de que o depoimento seja dado a partir das 14h.

Segundo a PF, sempre há a possibilidade de as oitivas serem feitas por vídeo conferência. No entanto, no caso do ex-presidente, não há qualquer manifestação a respeito dessa possibilidade.

Ontem, a defesa de Bolsonaro informou ter devolvido, a terceira caixa de joias recebida da Arábia Saudita em 2019. As joias foram entregues à Caixa Econômica Federal.

Avaliado em R$ 500 mil, o kit tem entre as peças um relógio da marca Rolex. A decisão atende a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

“A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto”, disse ontem, via redes sociais, o assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten.

Estojo

Os advogados de Bolsonaro já haviam devolvido o segundo estojo, também por ordem do TCU, que contém um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário da marca suíça Chopard, avaliados em R$ 500 mil. As joias não foram declaradas à Receita Federal quando ingressaram no país.

Estimada em R$ 16,5 milhões, a primeira caixa, com colar, anel, par de brincos e relógio de diamantes, foi retida pela Receita Federal, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos em 2021. Os artigos estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que retornava de uma viagem à Arábia Saudita.

Na ocasião, o assessor e o ministro não declararam os objetos na Alfândega, conforme prevê a legislação. Albuquerque disse, à época, que as joias eram um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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