Cargo vitalício

Esposas de ministros de Lula com cargos nos tribunais de contas

Cotada para o Tribunal de Contas da Bahia, Aline Peixoto, casada com Rui Costa, pode ser a quarta esposa de ministro com cargo de conselheira.

Ipolítica, com informações da BBC

Rui Costa e Aline Peixoto, que pode se tornar conselheira de contas na Bahia
Rui Costa e Aline Peixoto, que pode se tornar conselheira de contas na Bahia (Divulgação)

BRASÍLIA - Aline Peixoto, esposa do ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), cotada para cargo de conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA), pode se tornar a quarta mulher casada com ministro do governo Lula (PT) a ocupar cargo vitalício nos tribunais de contas do país. 

Peixoto deve ser escolhida conselheira no início do mês de março pela Assembleia Legislativa baiana (Alba). Rui Costa é ex-governador do estado e elegeu o seu sucessor, Jerônimo Rodrigues (PT), que tem atuação decisiva e influência na escolha do Legislativo. 

No mês de janeiro a Assembleia Legislativa do estado do Piauí elegeu a ex-primeira dama, Rejane Dias, para conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AL). O marido de Rejane, Wellington Dias (PT), é ministro do Desenvolvimento Social e governou o Piauí até março de 2022.

Outros dois ex-governadores, hoje ministros de Lula, já desembarcaram no governo federal com as esposas eleitas para tribunais de contas dos seus Estados. No caso do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), Renata Calheiros foi eleita pelos deputados estaduais de Alagoas para o TCE em dezembro. O ministro governou Alagoas até abril do ano passado.

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E Marília Góes, esposa do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se tornou conselheira do Tribunal de Contas do Amapá em fevereiro de 2022, quando seu marido ainda governava aquele estado. 

A indicação de Marília Góes chegou a ser suspensa pela Justiça sob acusação de nepotismo (favorecimento profissional devido ao vínculo familiar), mas a decisão foi revertida posteriormente.

As três já nomeadas, por integrarem tribunais responsáveis pelas contas dos governos estaduais, ficam impedidas de executar uma das principais funções dos conselheiros — sendo esposas dos ex-governadores, não podem participar do julgamento de suas contas.

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