Em Lisboa

Gilmar Mendes afirma que Brasil era governado por ʽgente do porãoʼ

Declaração do ministro do Supremo foi dada a jornalistas de Portugal na manhã desta sexta-feira; ele disse também que "havia algo em andamento e não era para o bem da democracia".

Ipolítica, com informações de O Globo

Gilmar Mendes é ministro do Supremo Tribunal Federal
Gilmar Mendes é ministro do Supremo Tribunal Federal (Divulgação)

BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou na manhã desta sexta-feira a jornalistas de Portugal, em Lisboa, que o Brasil era governado por gente do porão, numa referência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao comentar a tentativa de criar uma armadilha para o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que supostamente teria sido articulada entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado Daniel Silveira e o senador Marcos do Val para impedir a posse do presidente Lula, Mendes declarou:

“O que mostra é que a gente estava sendo governado por uma gente do porão, isso é um dado da realidade. Pessoas da milícia do Rio de Janeiro, com protagonismo na política nacional. Isso que resulta quando nós vemos a nominata desses personagens. E que mostra que a gente tem que ter preocupação até com a preservação da nossa integridade física. Estávamos lidando com gente do porão, como descemos na escala das degradações. Como a política desceu”, disse.

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Questionado pelo Portugal Giro como é possível um ministro do Supremo se defender das táticas de uma política articulada por "gente do porão", como citou Gilmar Mendes, ele respondeu.

“Nós temos que estar sempre atentos. Não estamos imunes a este tipo de situação. Se um parlamentar pede uma audiência, nós a concedemos. Independentemente de estar ligado a uma facção ou outra no Congresso. Há um tipo de exposição e de risco”, pontuou.

Mendes também adiantou que está em curso uma investigação contra Bolsonaro. 

“Tenho a impressão que ele (Bolsonaro) já está sendo investigado nestes inquéritos a pedido da Procuradoria Geral da República. Então, vamos aguardar estes desdobramentos, estas comunicações, eventuais quebras de sigilo para saber como, e, se dá, qual o grau de envolvimento. Em suma, todos esses elementos mostram que havia algo em andamento e não era para o bem da democracia”, finalizou.

 

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