BRASÍLIA - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta sexta-feira (6) que ministros que tiverem qualquer ação ilícita durante a gestão serão demitidos do governo petista.
"Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça", enfatiziou.
O posicionamento do petista ocorreu na abertura da primeira reunião ministerial, realizada nesta sexta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília.
Todos os auxiliares de primeiro escalão participam do encontro.
Incômodo
A declaração de Lula também ocorre em meio à polêmica e ao desgaste provocado no início do governo, com a informação de que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União), tem relações com milicianos do Rio de Janeiro.
Daniela foi reeleita deputada federal como a mais votada no Rio de Janeiro. A campanha da agora ministra foi marcada pelo apoio irregular de oficiais da Polícia Militar e pelo ambiente hostil e armado contra adversários políticos de sua base eleitoral, como mostraram reportagens na ocasião.
Milícia
No início da semana, reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que o grupo político da ministra e de seu marido, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União Brasil), mantém há ao menos 4 anos vínculos com a família do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense.
A ministra do Turismo recebeu o apoio da ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Jura, nas eleições de 2018 e no ano passado. De acordo com a reportagem, o miliciano Jura também se envolveu de forma efetiva na campanha de Daniela há 4 anos, quando cumpria as condenações por homicídio e associação criminosa em regime semiaberto.
Em 2018, por exemplo, o criminoso considerado pela polícia como o chefe do chamado “Bonde do Jura”, estava nas ruas após ser nomeado, em junho de 2017, como assessor de uma secretaria da Prefeitura de Belford Roxo, comandada por Waguinho. O emprego lhe garantiu o benefício de trabalhar fora da cadeia.
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