Convocação

Ministro da Justiça terá de explicar morte de Genivaldo Santos

Deputados questionam a abordagem policial que levou à morte de Genivaldo de Jesus Santos no porta-malas de uma viatura.

Agência Câmara de Notícias

Atualizada em 04/06/2022 às 16h31
Genivaldo dos Santos foi morto por policiais rodoviários federais durante abordagem
Genivaldo dos Santos foi morto por policiais rodoviários federais durante abordagem (Reprodução)

BRASÍLIA - A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou  nesta quarta-feira (1º) a convocação do ministro da Justiça, Anderson Gustavo Torres, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe. Também foi aprovada a convocação do diretor da PRF, Silvinei Vasques.

Foram aprovados três requerimentos de convocação, apresentados pelos deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Túlio Gadelha (Rede-PE), Talíria Petrone (Psol-RJ) e Vivi Reis (Psol-PA). Os requerimentos foram subscritos pelos deputados Frei Anastácio (PT-PB), Helder Salomão (PT-ES), Padre João (PT-MG), Joenia Wapichana (Rede-RR) e Erika Kokay (PT-DF).

No dia 25 de maio, três policiais abordaram Genivaldo por pilotar uma moto sem capacete. A vítima foi imobilizada e depois colocada no porta-malas de uma viatura. Os policiais jogaram gás lacrimogênio e o fecharam lá dentro, onde ele morreu por asfixia e insuficiência respiratória aguda, conforme laudo do IML.

O deputado Alexandre Frota pediu esclarecimento sobre as imagens do ocorrido, que circularam nas redes sociais. "As ações cometidas são desumanas. A violação dos direitos humanos do cidadão em referência são absurdas e inaceitáveis", disse Frota.

"É evidente que não estamos diante de um caso de utilização de força necessária à condução de indivíduo que esboçou atos de resistência, mas, sim, de mais um episódio de atos executórios que demonstram o desprezo pela vida humana, elemento tão marcante deste governo", completou o deputado Túlio Gadêlha.

Talíria Petrone e Vivi Reis citaram que uso de armas menos letais é previsto dentre os princípios do uso escalonado da força e estão previstas em normas internacionais e nacional como meio de não recorrer à força letal. "Empregar spray, munição química, bombas, balas de borracha e afins sem seguir protocolos pode ser considerado como forma de tortura e até causar morte", afirmaram no requerimento de convocação.

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