Covaxin

Randolfe Rodrigues quer ouvir diretor da PF e ministro da Justiça

Senador quer convocar ministro Anderson Torres e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino.

Agência Estado

Atualizada em 26/03/2022 às 18h27
Randolfe que saber por que relatório concluiu que não houve crime de Bolsonaro
Randolfe que saber por que relatório concluiu que não houve crime de Bolsonaro (Divulgação)

BRASÍLIA - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse na segunda-feira (31), que pretende convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, para prestarem esclarecimentos no Senado sobre o relatório que concluiu não ter havido crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin.

Líder da oposição no Senado, o parlamentar chamou o presidente de "maloqueiro" e sugeriu que o relatório pode ser fruto de interferência do mandatário na PF. "Não bastasse desmoralizar as instituições, agora Bolsonaro esculhamba a Polícia Federal. Precisamos tirar esse maloqueiro da Presidência esse ano! Vamos pedir a convocação do Ministro da Justiça e do diretor da PF para prestar esclarecimentos no Senado", publicou Randolfe em uma rede social.

A negociação em torno da compra da vacina da Covaxin motivou uma das principais linhas de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, da qual Randolfe foi vice-presidente. O caso foi levantado depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor do Ministério da Saúde, disseram em depoimento à comissão que o presidente ignorou alertas a respeito de suspeitas de corrupção no processo de aquisição do imunizante. O governo chegou a empenhar os recursos para aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana, mas cancelou o contrato após a CPI começar a apurar possíveis irregularidades. A própria Controladoria-Geral da União recomendou que o negócio fosse desfeito.

No relatório final da CPI, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) atribuiu ao presidente o crime de prevaricação - o ato de se omitir diante de denúncia grave - no caso Covaxin. O chefe do Executivo também foi acusado de agir com dolo na pandemia, praticar incitação ao crime, promover epidemia com resultado morte, entre outros crimes.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.