BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, declarou nesta quinta-feira (12) que as eleições “dizem respeito à população civil”, e que quem trata do assunto “são as forças desarmadas”, não as armadas.
As declarações são uma referência ao envolvimento das Forças Armadas no pleito. Na segunda-feira (9), o TSE rejeitou propostas do Ministério da Defesa para as eleições . Em evento no Palácio do Planalto, em 27 de abril, Bolsonaro havia dito que as Forças Armadas sugeriram oficialmente à Corte Eleitoral a implantação do que chamou de “ramificação do computador da sala-secreta” na contagem de votos, uma espécie de apuração paralela do pleito.
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O presidente do TSE disse que não manda e nem recebe recados de ninguém, ao ser questionado sobre se as declarações eram direcionadas a Bolsonaro.
O magistrado deu as declarações durante visita à sala da Corte onde é realizado o teste de segurança das urnas eletrônicas.
“Diálogo sim, colaboração sim, mas na Justiça Eleitoral, quem dá palavra final é a Justiça Eleitoral”, afirmou. “A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja tomar as rédeas do processo eleitoral”, declarou Fachin.
Ele também disse haver “muito barulho no canteiro de obras da política”, mas que o TSE “opera com racionalidade técnica”. O magistrado disse que o Brasil terá eleições “limpas, seguras, com paz e segurança”, e que “ninguém interferirá na Justiça Eleitoral”.
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