SÃO LUÍS – O professor de Parasitologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP) – instituição que, recentemente, desenvolveu uma substância que mata o mosquito da dengue –, Cláudio José Von Zubem, aponta que o "Aedes aegypti" – mosquito que transmite a doença – está se adaptando às condições climáticas adversas, como a estiagem e o frio. Segundo ele, a proliferação não está ocorrendo apenas em água limpa e os mosquitos adultos continuam no ambiente. Com 492 casos da doença, a cidade de Rio Claro enfrenta um surto de dengue.
As altas temperaturas e o longo período de estiagem no começo do ano influenciaram e os casos da doença começaram a aparecer em uma época atípica, defende o pesquisador. "Ao invés de termos o pico de casos no mês de abril, tivemos um retardo para maio e junho. Mesmo com condições climáticas desfavoráveis, um período mais seco, nós ainda temos boa parte dessa população adulta viando no ambiente", afirma.
O pesquisador explica, ainda, que o mosquito vem se tornando mais resistente. "Hoje a gente observa que, em água não tão limpa, podemos ter a criação das formas imaturas dessas espécies e, em períodos com clima não tão favorável, a gente ainda percebe uma densidade alta do mosquito", conclui.
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