Polícia investiga o caso

Homem natural de Sergipe é morto a facadas no Maranhão após ser demitido

O caso aconteceu na última quinta-feira (7), próximo a um posto de gasolina, no bairro Potosi, em Balsas.

Imirante.com, com informações do g1-MA

Atualizada em 09/02/2024 às 15h49
O corpo de José Fábio foi encaminhado para Sergipe e o velório foi realizado no município de Poço Redondo.
O corpo de José Fábio foi encaminhado para Sergipe e o velório foi realizado no município de Poço Redondo. (reprodução / redes sociais)

MARANHÃO - O caso da morte um homem natural de Sergipe, assassinado no Maranhão após ser demitido, está sendo investigado pela Polícia Civil. Segundo as investigações, José Fábio Pereira Domingos, de 32 anos, foi esfaqueado por volta das 1h da última quinta-feira (7), próximo a um posto de gasolina, no bairro Potosi, em Balsas.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo de José Fábio foi encaminhado para Sergipe e o velório foi realizado no município de Poço Redondo. O sepultamento aconteceu às 8h30 desta sexta-feira (9), em um cemitério público da região.

Desconfiança de morte encomendada

Segundo os familiares de José, ele saiu de Sergipe após aceitar uma oferta de emprego em uma fazenda, pata trabalhar na área de serviços gerais na empresa SLC Agrícola, que pertence ao Grupo SLC, e é produtora de commodities agrícolas em Tasso Fragoso, município que é vizinho a Balsas.

Em Tasso Fragoso, José relatou por meio de um vídeo (veja acima) que ainda não tinha feito dois meses de contratado quando recebeu a ordem de operar uma empilhadeira e limpar o pátio de uma algodoeira. Nesse dia, ele diz que, acidentalmente, bateu em uma máquina de imprensadora de fardos de algodão, o que motivou sua demissão por justa causa.

Porém, na gravação feita por ele próprio, José afirma que achou injusta a sua demissão e cobrou o pagamento referente aos dias trabalhados, que não teriam sido pagos. "Me expulsando da empresa sem direito a nada. Queriam que eu assinasse uma justa causa, eu falei que não assinava. Eles tinham que pagar ao menos minha passagem de volta e não estão pagando. Os colegas meus que estão fazendo uma vaquinha para eu ir embora", declarou José, no vídeo.

Pouco tempo depois, o trabalhador foi assassinado e a suspeita dos familiares é que o crime tenha relação com as reclamações que ele fez no vídeo, após sua demissão. "O José era um menino de ouro e tinha um filho de cinco anos. A cidade [Poço Redondo] está de luto. A família desconfia da empresa. Temos que falar a verdade, né?", afirmou Aderaldo Rodrigues, primo de José Fábio.

O que dizem as investigações?

De acordo com a Polícia Civil de Balsas, a princípio ainda não há elementos que relacionem a demissão de José Fábio com o motivo de seu assassinato. "Aparentemente, não tem nenhuma relação com o vídeo que foi gravado. Onde ele morreu é um local de usuários de drogas e provavelmente esse crime tem a ver com a venda de drogas. Inicialmente, não vemos relação com o emprego na fazenda", declarou o delegado.

Entretanto, o delegado Fagno afirmou também que as investigações vão continuar para esclarecer o real motivo da morte. Para os familiares, a tese de que ele poderia ter sido morto por causa de drogas não faz sentido.

"Ele trabalhava em uma pizzaria aqui, e entregava a noite toda. Nunca ouvimos falar que era usuário de drogas. Menino bom mesmo", finalizou Aderaldo.

O que diz a SLC Agrícola?

Em nota, a SLC Agrícola afirmou que lamenta a morte de José Fábio, negou qualquer relação de seu assassinato com o período em que trabalhou na empresa, e declarou que teria pago os dias devidos a ele.

"A SLC Agrícola lamenta o falecimento de seu ex-funcionário José Fábio Pereira Domingos. A companhia tomou conhecimento sobre o caso na manhã desta quinta-feira (08) e reitera que Domingos foi agredido fora das instalações da SLC, sendo que o profissional já não fazia parte do quadro de funcionários da empresa. A companhia reitera que o desligamento do ex-funcionário ocorreu legalmente, com os devidos pagamentos feitos corretamente, respeitando as normas trabalhistas vigentes e que sua passagem pela empresa foi pelo período de 60 dias, na função de safrista, com atuação na Fazenda Parnaíba, localizada em Tasso Fragoso (MA)", diz a nota.

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