Após assassinato

SSP muda comando de batalhão em Bacabal após morte de comerciante e prisão de PMs

O Major Berredo assumiu o cargo em cerimônia com a presença do secretário Jefferson Portela.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Cerimônia de passagem de comando no 15º BPM foi realizada na segunda-feira (8).
Cerimônia de passagem de comando no 15º BPM foi realizada na segunda-feira (8). (Nilson Figueiredo / SSP-MA)

BACABAL – Após a morte do comerciante Marcos Santos e do relato do lavrador José de Ribamar Neves sobre o crime ocorrido no município de Bacabal, a 240km de São Luís, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) realizou, na segunda-feira (8), a troca de comando do 15º Batalhão da Polícia Militar, onde cinco policiais foram presos por suspeita de participação no homicídio.

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O antigo comandante, Tenente-Coronel Duarte, foi substituído pelo Major Berredo, em cerimônia acompanhada pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela. “A mudança ocorreu exclusivamente por conta da voz de prisão que não foi dada pelo então comandante [TC Duarte]”, afirmou Portela, que também fez elogios ao novo comandante do 15º BP de Bacabal.

“É um oficial que tem muita experiência, prática de gestão e vem agora do comando do Batalhão de Mirinzal, onde ele foi para organizar o batalhão e agora, para atender ao nosso chamamento. Ele com certeza bem para colaborar com o desenvolvimento das atividades aqui em Bacabal”, destacou o secretário.

Apresentação

Também nesta segunda, o lavrador José de Ribamar Neves foi apresentado às autoridades policiais. José de Ribamar desapareceu no mesmo dia em que Marcos Santos teria sido levado por policiais militares.

A SSP garantiu a segurança de José de Ribamar, que foi escoltado por policiais, e apresentado à 16ª Delegacia Regional de Bacabal para prestar depoimento, junto do seu advogado, com quem esteve esse tempo.

Entenda o caso

O comerciante Marcos Santos foi encontrado morto na última terça-feira (2), às margens do povoado Fazenda Cancelar, em São Luís Gonzaga do Maranhão. No corpo do comerciante, havia marcas de tiro e sinais de violência.

Marcos Santos havia desaparecido após ser abordado por um grupo de homens e ser colocado à força em um veículo. As investigações apontaram que os homens que colocaram o comerciante no carro são policiais militares do 15º BPM que estavam trabalhando à paisana. No entanto, a SSP afirma que eles não faziam parte do serviço oficial 'velado' de polícia e decidiram agir sem fardamento por conta própria.

Já o lavrador José de Ribamar Neves Leitão, que estava desaparecido desde o dia 1º de fevereiro, foi encontrado na madrugada de segunda-feira (8). O homem afirma que ficou uma semana escondido no mato, pois havia sido levado por policiais militares para ser executado, já que os PMs o acusavam de roubar carneiros da fazenda em que o lavrador trabalhava. Riba contou que os policiais acusavam ele de ter roubado os carneiros e vendido para o comerciante.

Durante relato feito em uma rádio da cidade, o lavrador contou que foi levado por policias para ser morto, no dia em que os mesmos PMs levaram Marcos Santos, para também ser assassinado. José de Ribamar, que é conhecido como “Riba”, afirmou que viu o comerciante ser torturado e morto pelos policiais, sendo que o genro do dono da fazenda fez parte da execução.

Os cinco policiais militares suspeitos do assassinato de Marcos Santos estão presos em São Luís, desde a semana passada, após a polícia encontrar o comerciante morto. São eles, o tenente Pinho, o sargento Custódio e os cabos Robson, Rogério e Henrique. Eles foram ouvidos e transferidos para o presídio da Polícia Militar em São Luís.

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