Em Açailândia

PM que denunciou ter sido vítima de homofobia e tortura está internado em estado grave

Crimes teriam sido praticados por outros policiais militares.

Imirante.com, com informações da TV Mirante

Atualizada em 08/08/2023 às 07h33
26º BPM em Açailândia. (Foto: Reprodução / TV Mirante)
26º BPM em Açailândia. (Foto: Reprodução / TV Mirante)

AÇAILÂNDIA - O soldado da Polícia Militar (PM), de 31 anos, que denunciou ter sido vítima de homofobia e tortura pelos próprios colegas de corporação, está internado em estado grave no Hospital Municipal de Açailândia. A PM abriu um processo administrativo para apurar o caso.

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A agressão foi denunciada à polícia no dia 27 de junho. Segundo o Boletim de Ocorrência registrado, os colegas de corporação chegaram à casa do soldado em um carro da polícia, com o alerta sonoro e giroflex ligado. Eles o disseram que ele havia abandonado o posto de serviço e estava preso.

Ainda segundo o documento, os agressores arrastaram o pm pelo braço esquerdo, puxando-o para fora de casa, sendo que ele estava vestindo apenas uma toalha. Depois, eles entraram na residência do soldado sem permissão e revistaram os cômodos.

O caso foi denunciado como lesão corporal, violação de domicílio e abuso de autoridade. Após a denúncia, o 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Açailândia, o qual a vítima é lotada, mudou de comando.

O novo comandante disse que está ciente do caso e que um processo administrativo foi instaurado para apurar a denúncia.

“Será apurado e quem tiver responsabilidade será penalizado”, disse o Major Lima.

O caso chegou ao conhecimento da Rede Cidadania de Açailândia, uma organização que reúne membros da sociedade civil e entidades que lutam pelos direitos humanos, por meio da publicação de uma carta, que teria sido escrita pelo próprio policial militar, que não foi identificado.

Na carta, o PM cita que o comandante do 26º BPM teria negligenciado as suas denúncias e afirma sofrer com a depressão.

Carta assinada pelo PM. (Foto: Reprodução / TV Mirante)
Carta assinada pelo PM. (Foto: Reprodução / TV Mirante)

“Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam”, desabafa o PM em um trecho da carta.

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