Arte

Exposição da artista italiana Simona Luchian atrai público em São Luís

As obras ficam em exibição até 25 de outubro, das 14h às 19h.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11

SÃO LUÍS - Uma mistura entre fotografia, escultura, pintura e performance, que leva o espectador por uma viagem filosófica. Esta é a proposta da exposição 'Vestígios de um Nascimento', da artista italiana Simona Luchian, que integra a mostra Ocupação Trapiche e entrou em cartaz na última semana, na Galeria Trapiche.

A Galeria fica localizada na Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração. A exposição fica aberta à visitação das 14h às 19h, de segunda a sexta-feira, até 25 de outubro.

“No meio do ano, sempre abrimos inscrições para o edital de ocupação da Galeria Trapiche e a Simona foi selecionada para expor conosco. Essa é uma oportunidade de a comunidade artística local e estudantil trocar experiências com uma artista internacional durante o período de exposição. Ela fala sobre o poder do olhar relacionado à temática do nascimento, com referências a lugares daqui, como a Fonte do Ribeirão, que faz a obra dela ter um pouco da cara de São Luís”, pontua a diretora em exercício da Galeria Trapiche, Romana Maria.

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Simona Luchian (1989) é uma artista visual ítalo-romena, graduada em filosofia, e pós-graduada em Belas Artes na Academia de Brera (Milão). Já expôs em várias galerias de arte na Itália, Alemanha e Nova Zelândia. A artista veio para o Brasil por causa de uma oportunidade de trabalho em Belo Horizonte e decidiu permanecer.

Há dois anos, ela mora em São Paulo, onde estuda Design Digital. Sua formação em Filosofia contribui para a profundidade conceitual de sua produção artística. Vestígios de um nascimento é uma exposição inédita e surgiu de um convite feito à artista por um amigo ludovicense em São Paulo, que falou sobre a cultura popular local e características sociais.

(Foto: divulgação).
(Foto: divulgação).

A exposição tem como proposta narrar, por meio de imagens, o ato de nascimento e está dividida em três partes. A primeira inclui quatro fotografias de pinturas que simulam as pedras do Vale da Lua, na cidade Alto Paraíso de Goiás, cuja forma particular associa-se à 'plasticidade' da placenta e do útero. A segunda parte inclui a fotografia "Representação apolínea do desejo intraoceânico pelo cheiro no teu pescoço", que relaciona arte grega, amor e saudade da artista de sua terra natal, a Itália.

Fruto de uma viagem da artista entre as cidades de São Paulo e São Luís, a terceira parte é um livro fotográfico com registros de vários lugares onde uma foto dos olhos da autora foi afixada. "Essa prática decorre do desejo de deixar um rastro do meu caminhar e de criar um relacionamento existencial e íntimo com o lugar que meus olhos tocaram, através da captura fotográfica, produzindo um curto-circuito", conta. Há também um vídeo em que a foto dos olhos da autora boia nas águas da Fonte do Ribeirão.

“A minha produção artística é uma necessidade, nasce de uma dor, preciso me livrar dela e faço isso produzindo obras. Eu deixo aberto para o espectador interpretar livremente as peças, porque não acho que uma obra de arte tem que ter uma explicação única. A arte tem ambiente de pensamento livre. Há nas peças espaços limpos com uso de luz que proporcionam meditação”, explica.

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