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COLUNA
Pergentino Holanda
O colunista aborda em sua página diária os acontecimentos sociais do Maranhão e traz, também, notícias sobre outros estados e países, incluindo informações das áreas econômica e política.
Pergentino Holanda

PH: Morre Mário Vargas Lhosa

E mais: Pix de devolução

PH

Mário Vargas Lhosa
Mário Vargas Lhosa

FOI em 2007, durante um voo de Madrid a Paris. A sorte me favoreceu e sentei numa poltrona ao lado de Mário Vargas Lhosa. O escritor ficou surpreso ao me ver lendo a recente edição de seu novo romance, “Travessuras da Menina Má”, lançado no ano anterior e traduzido em Portugal. Foi o ponto de partida para uma conversa agradável que durou quase duas horas e ficou gravada na memória deste Repórter PH como um momento mágico para nunca mais ser esquecido

Vargas Llosa (1936-2025)

Prémio Nobel da Literatura em 2010, Mário Vargas Llosa morreu no domingo, dia 13, aos 89 anos de idade.

Com ele desaparece o último dos gigantes do tão famoso quanto equívoco “boom” latino-americano dos anos 60 do século passado. A sua obra está quase toda publicada no Brasil.

Quando tinha apenas 19 anos e frequentava Letras e Direito na Universidade de San Marcos, em Lima, capital do Peru, Mário Vargas Llosa fez um “casamento rocambolesco” (que durou nove anos e será uma das fontes de A Tia Júlia e o Escrevedor, romance de 1977) com uma mulher dez anos mais velha, irmã de uma sua tia por afinidade, e viu-se na contingência de deitar mão a meia dúzia de empregos parciais e de circunstância para custear a sua nova independência.

Um deles foi num jornal que lhe encomendou uma entrevista semanal sobre literatura. “Deslumbrado” (já) naquela altura pela obra do escritor norte-americano William Faulkner, Llosa “vivia fascinado” pelos problemas técnicos e formais da escrita romanesca, sobre os quais interrogava insistentemente os seus entrevistados. As respostas eram quase sempre decepcionantes.

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Os escritores da época desdenhavam esses “formalismos”, opondo-lhe uma literatura “telúrica” que era suposto brotar das “raízes” peruanas. Em Como Peixe na Água, um volume de memórias publicado em 1993, comentou: “Os que promoviam e escreviam essa literatura ‘telúrica’ não se davam conta de que ela, contrariando as suas intenções, era a mais conformista e convencional do mundo, a repetição de uma série de tópicos, feita de maneira mecânica, na qual uma linguagem folclórica, presunçosa e caricatural e a negligência com que as histórias eram construídas desnaturavam totalmente o testemunho histórico-crítico com que pretendiam justificar-se. Ilegíveis como textos literários, eram também documentos sociais falaciosos e, na verdade, uma adulteração pitoresca, banal e complacente de uma realidade complexa”.

A palavra ‘telúrica’ tornou-se para Llosa um “emblema” do provincianismo e do “subdesenvolvimento” literário do Peru: “Eu ainda não sabia se viria um dia a ser escritor, mas soube nessa altura que nunca seria um escritor ‘telúrico’”. E não foi. O autor, que passou longos períodos da sua vida na França, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos, diria, aliás, e em mais do que uma ocasião, que nunca se sentiu completamente estrangeiro em nenhuma parte do mundo.

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Não obstante, a quase totalidade da sua eclética e prolífica obra está tematicamente enraizada na biografia do autor e na história e na geografia do Peru (A Guerra do Fim do Mundo, romance histórico de 1981 que dialoga com o clássico brasileiro Os Sertões, de Euclides da Cunha, sendo uma das grandes exceções.

Romancista, contista, dramaturgo, argumentista, ensaísta, crítico literário, jornalista, professor universitário e político, Mario Vargas Llosa nasceu em Arequipa, no sul do Peru, no seio de uma família de classe média, em 28 de março de 1936 (o ano em que Faulkner publicou Absalão! Absalão!, coincidência que Llosa não deixou de assinalar, mais tarde). O pai, que trabalhava então como operador de rádio numa companhia de aviação e que saíra de casa quatro meses antes, pediu (e obteve) o divórcio ao saber do nascimento da criança.

Marito passou a infância acreditando que o seu progenitor morrera heroicamente num desastre aéreo (narrativa contada domesticamente), e a presença de avós, tios e primos do lado materno em Cochabamba, na Bolívia, para onde foi viver com a mãe, compensou a ausência paterna.

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Uma parte da família regressou, entretanto, ao Peru e instalou-se em Piura, no norte do país. E em 1946, Llosa fez uma dupla e traumática descoberta.

A primeira, graças a novos e mais espevitados amigos, que revelaram a um espantado e até “ofendido” rapazola a verdadeira origem do mundo. A outra chegou-lhe pela mão da própria mãe, que um belo dia levou Mario a um hotel e lhe apresentou um homem como sendo o seu pai.

Reconciliado, o casal leva o horrorizado filho para Lima. O pai de Llosa era irascível, violento e socialmente ressentido (particularmente quanto à família da mulher). A relação com o filho não foi nem boa nem má. Nunca chegou a existir. Quando soube que Mario escrevia poemas, internou-o num colégio militar, certamente decidido a evitar males maiores.

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Llosa disse, no já referido livro de memórias, que esses anos que antecederam a sua entrada no Colégio Leoncio Prado, em 1950, foram o período mais amargo da sua existência: “[…] desvaneceu-se a inocência, a visão ingênua do mundo que a minha mãe, os meus avós e os meus tios me haviam infundido. […] descobri a crueldade, o medo, o rancor […]. E é provável que, sem o desprezo do meu progenitor pela literatura, nunca eu teria perseverado de maneira tão obstinada no que era então apenas um jogo, mas que se iria convertendo em algo obsessivo e peremptório: uma vocação. Se eu não tivesse sofrido tanto ao pé dele nesses anos, e não tivesse sentido que aquilo era o que mais poderia decepcioná-lo, provavelmente não seria agora um escritor.”

Não obstante a cultura autoritária e repressiva prevalecente na instituição (ficcionalmente transfigurada no primeiro romance do escritor, A Cidade e os Cães, publicado em 1963 e que logo fez dele um dos chamarizes do “boom”), Llosa veio a fazer um balanço positivo dos dois anos aí passados, pois ter-lhe-iam permitido descobrir a diversidade étnica, social, econômica e cultural do Peru (à maneira militar, o Leoncio Prado não deixava de ser um internato inclusivo). Quando lhe foi atribuído o Nobel da Literatura em 2010, Llosa também disse que o que talvez mais agradecesse à França – o país do seu tão admirado Flaubert, e de outras das suas referências, o existencialismo, os filosóficos libertinos do século XVIII – fosse o tê-lo feito descobrir a América Latina.

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Concluída a licenciatura em Letras, Mario Vargas Llosa rumou à Europa no final da década de 1950. O seu destino foi Paris, a cidade sem a qual lhe parecia impossível tornar-se um verdadeiro escritor. Iniciou entretanto um doutoramento na Universidade Complutense de Madrid, que concluiu em 1971 com uma dissertação intitulada García Márquez: História de um Deicídio.

É um dos primeiros estudos de fôlego sobre a obra do seu companheiro de geração, e iniciou uma reflexão sistemática do escritor sobre a literatura e a arte da narrativa de ficção que se prolongou em outros ensaios – Historia Secreta de una Novela (1971), sobre a génese do romance A Casa Verde (1966), e Cartas a um Jovem Romancista (1997), uma espécie de compêndio da sua poética –, reflexão que não deixou de contaminar estruturalmente a obra ficcional. Há quem afirme, talvez de maneira não inteiramente jocosa, que o murro que Vargas Llosa deu em Gabriel García Márquez em 1976 (por ignotas razões) não selou apenas o fim de uma bela amizade, mas também o do próprio e famoso “boom”.

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Tendo-se separado expeditamente de Julia Urquidi Illanes (1926-2010), a “tia Julia” (que em 1983 contou a sua versão da história em Lo que Varguitas no Dijo), Mario casou-se em 1965 com Patricia Llosa, sua prima direta e sobrinha da sua primeira mulher. O enlace durou meio século e deu frutos: dois filhos e uma filha.

A década ficou completa com a publicação de Conversa na Catedral (1969), romance extenso, e o primeiro declaradamente ‘político’, que tomou os “anos sombrios” da ditadura de Manuel Apolinario Odría (1948-1956) como “matéria-prima”.

O nome de García Márquez é imediatamente associável a Cem Anos de Solidão; o de Julio Cortázar, a Rayuela. É como se, caso não tivessem escrito mais nada que valesse a pena ler, aqueles dois romances bastassem.

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O mesmo não aconteceu com Mario Vargas Llosa, em cuja obra a conseguida variedade, que vai do romance político puro, duro e “total” – Conversa na Catedral, A Festa do Chibo (2000) –, até às variações sobre géneros narrativos e ao divertimento por vezes burlesco e até metaficcional – A Tia Julia e o Escrevedor, Pantaleão e as Visitadoras (1973), Quem Matou Palomino Molero? (1986), Elogio da Madrasta (1988), Os Cadernos de Dom Rigoberto (1997) –, torna difícil a eleição.

Em 1998, o autor afirmou no prólogo a uma reedição de Conversa na Catedral: “Nenhum outro romance me deu tanto trabalho; por isso, se tivesse de salvar do fogo um só dos [romances] que escrevi, salvaria este.” Mas talvez seja mais avisado concordarmos com o que o escritor espanhol Javier Cercas dizia há dez anos: “O que é singular em Vargas Llosa […] é que o seu primeiro romance não é a única obra-prima que ele escreveu. Consigo contar pelo menos mais cinco: A Casa Verde, Conversa na Catedral, A Tia Julia e o Escrevedor, A Guerra do Fim do Mundo e A Festa do Chibo. Não conheço outro romancista de que possamos dizer o mesmo. […] Na Espanha, pelo menos, não há nenhum. E mesmo havendo na nossa língua um punhado de romances comparáveis aos melhores de Vargas Llosa, ninguém escreveu, tanto quanto sei, um conjunto de romances comparável àquele.”

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A propósito de comparações, falemos de uma analogia que ocorreu a Mario Vargas Llosa mais do que uma vez: a arte do romancista é comparável à da strip-teaser.

Inversamente comparável: uma despe-se até à completa nudez; o outro cobre o “coração autobiográfico que fatalmente late em toda a ficção” com tantas e tais roupagens que chega a fingir que é prazer o prazer que deveras sente.

Para Llosa, o desejo, ou melhor, a necessidade de escrever (tal como a de ler) nasceu de um desencontro pessoal com o mundo, uma tentativa de emendar o real. No caso do autor de História de Mayta (1984), essa tentativa levou também o antigo apoiante da Revolução Cubana a candidatar-se às eleições presidenciais peruanas de 1990, como cabeça de cartaz de uma “frente” reformista e liberal. O escritor ficou à frente no primeiro turno, mas o populista Alberto Fujimori venceu estrondosamente o segundo.

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Na ressaca da derrota, Llosa regressou à Europa, adquiriu três anos depois a nacionalidade espanhola, ganhou o título de marquês, iniciou um caso amoroso com uma socialite que fora casada com o cantor popular e “romântico” Julio Iglésias, e tornou-se mais assíduo nas revistas de mexericos do que nas literárias.

Por duas vezes, o seu nome brilhou em sucessivos espetáculos mediático-escandalosos relacionados com sociedades offshore: “Panama Papers”, em 2016, e “Pandora Papers”, em 2021.

Regressemos ao discurso na cerimônia de aceitação do Prémio Nobel e ao elogio da força redentora da literatura, essa mentira que diz a verdade: “Perguntei-me por vezes se em países como o meu, com escassos leitores e tantos pobres e analfabetos e tantas injustiças, onde a cultura era privilégio de tão poucos, perguntei-me se escrever não era um luxo solipsista. Mas estas dúvidas nunca asfixiaram a minha vocação e nunca deixei de escrever […]. Seríamos piores do que somos sem os bons livros que lemos, seríamos mais conformistas, menos inquietos e insubmissos e o espírito crítico, motor do progresso, nem sequer existiria. Tal como escrever, ler é protestar contra as insuficiências da vida. […] A literatura cria uma fraternidade dentro da diversidade humana e eclipsa as fronteiras erigidas entre os homens e as mulheres pela ignorância, as ideologias, as religiões, as línguas e a estupidez”.

Mário Vargas Lhosa em acontecimento literário recente
Mário Vargas Lhosa em acontecimento literário recente

DE RELANCE

E tudo não passou de ilusão

Quando você for velho e todos os teus amigos estiverem mortos e fores o único sobrevivente da tua espécie a encarar ainda vivo o rosto de Deus e teu corpo ringir como armário antigo em casas assombradas pela memória e não houver nada a não ser a companhia extinta do teu sonho, verás que foi tudo uma ilusão. E tua vida não cumpriu vontades terrenas.

Como andar sobre as águas ou fundar um rio. E serás apenas mais um na fila que os anjos organizam para as almas se recolherem ao que resta de um Paraíso que foi teu amor perdido e ainda intacto como um verso dito num céu obscuro.

Sim ou não

Pouca gente lembra, mas a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito da história do Brasil foi instalada em 1953. Era a chamada ‘CPI da Última Hora’, criada para investigar supostos favorecimentos do governo de Getúlio Vargas ao jornalista Samuel Wainer, fundador do jornal Última Hora. No meio, Samuel depondo, Carlos Lacerda, adversário rasgado de Getúlio, o interrompeu:

– Senhor Samuel, o senhor está muito cheio de rodeios. Vamos encurtar a conversa. Limite-se a responder sim ou não.

Samuel tentou jogar o contra-argumento.

– Não pode ser assim, deputado. Temos que explicar todo o contexto para que a coisa fique bem explicada.

– Não, Samuel! É sim ou não e ponto final!

Gustavo Capanema, também deputado, que já tinha sido ministro da Educação de Getúlio (na ditadura), interveio, dirigindo-se a Lacerda:

– Deputado, o senhor já parou de roubar? Responda apenas sim ou não.

Lacerda engoliu a língua.

Pix de devolução

Uma nova modalidade de golpe, conhecida como “Pix de devolução”, tem causado prejuízos a usuários desse meio de pagamento instantâneo.

Todo cuidado é pouco! Nesse crime, os golpistas exploram a boa-fé de quem recebe um Pix “por engano” para aplicar a fraude, sem a necessidade de invadir o celular, roubar senhas ou usar ameaças.

O golpe do Pix de devolução acontece quando o criminoso envia, de propósito, um Pix à vítima – geralmente de valor baixo. Depois, entra em contato alegando que a transferência foi um erro, e pede a devolução. Porém, orienta a vítima a transferir o valor para uma outra chave Pix, vinculada a uma conta diferente da que fez o envio original.

Em seguida, o golpista aciona o banco, afirma que foi vítima de um golpe e, como o valor foi devolvido a outra conta, a instituição entende que pode se tratar de uma fraude e retira o dinheiro da conta da vítima para reembolsar o criminoso.

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A fraude tem sido viabilizada por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), sistema do Banco Central criado para recuperar valores transferidos em golpes reais. A ferramenta, que nasceu para proteger as vítimas, agora tem sido usada por criminosos para concretizar a fraude. Esse uso indevido torna o golpe ainda mais perigoso, pois se apoia na honestidade das vítimas e no desconhecimento sobre o funcionamento do MED.

O Banco Central (BCB) alerta que, ao receber um Pix por engano, a devolução deve ser feita somente pela função disponível no aplicativo bancário, dentro do prazo de 90 dias. “O usuário não deve fazer um novo Pix. A devolução precisa ser realizada pela funcionalidade específica do aplicativo do banco”, destaca.

O BCB esclarece que, se alguém enviar um Pix por engano – como digitar a chave errada – , o banco não pode retirar automaticamente o valor da conta de quem recebeu. Isso porque essa situação não configura fraude.

Apenas transferências comprovadamente fraudulentas são passíveis de reversão via MED. Assim, se a pessoa devolveu o valor voluntariamente, o banco não pode realizar nova devolução automática.

Prêmio Earthshot

A jornalista amapaense Vanessa Gabriel-Robinson é uma das responsáveis pela divulgação do Prêmio Earthshot, criado pelo príncipe William e que, neste ano, será trazido para o Brasil.

Radicada há 14 anos em Londres, Vanessa criou uma consultoria para ajudar organizações internacionais a entenderem a Amazônia, desmistificando estereótipos e derrubando preconceitos sobre a região.

O Earthshot foi criado em 2021 pelo herdeiro do trono britânico para incentivar iniciativas que combatam as mudanças climáticas. Cinco projetos devem receber o equivalente a R$ 7,4 milhões.

Bolsa Família

O Maranhão está na segunda  posição entre os estados brasileiros com maior número de beneficiários de dependência longa no programa Bolsa Família, do governo federal. Por região, a de maior dependência é a Nordeste (38,8%), com 3,7 milhões de pessoas no programa desde 2015 ou antes. A região Norte ocupa a segunda posição (33,7%), seguida do Sul do país (29,5%), Sudeste (29,1%) e Centro-Oeste (26,9%).

O Maranhão é o Estado onde essa relação de dependência do benefício é mais forte. Há 659 mil empregos com carteira assinada e 1,2 milhão de famílias maranhenses recebendo Bolsa Família.

Pelos dados de um levantamento recente, das 20,6 milhões de famílias inscritas no Bolsa Família, 7 milhões recebem dinheiro do programa há 10 anos ou mais, com dados de fevereiro de 2025. Esse número representa 34,1% do total e mostra a dificuldade de algumas parcelas da população em deixar de depender do Estado para se manter.

Ou seja, há quase duas famílias recebendo o Bolsa Família no Estado para cada empregado com Carteira de Trabalho.

Morreu Fernando Martinho

Portugal chora a morte do professor que criou a cadeira de Teoria da Literatura e Estudos Pessoanos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O professor, poeta, crítico literário e ensaísta Fernando J. B. Martinho, especialista na literatura portuguesa dos séculos XIX e XX e um estudioso da obra de Fernando Pessoa, morreu na terça-feira aos 87 anos.

Ele foi leitor de Português nas universidades de Bristol, no Reino Unido, e de Santa Barbara, na Califórnia, onde trabalhou com Jorge de Sena (1919- 1978).

Fernando era professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde formou várias gerações para o estudo e paixão pela literatura, e ao longo da sua vida criou uma extensa obra ensaística na área da poesia moderna portuguesa, onde se destacam os estudos sobre Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Jorge de Sena. Dedicou-se, também, durante algum tempo à literatura africana de língua portuguesa.

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A mais recente obra de Fernando, Aspectos do Legado Pessoano, foi publicada em setembro de 2022 na colecção de ensaios sobre Fernando Pessoa da editora Tinta-da-china. Ali reuniu textos diversos sobre surrealistas, neo-realistas e poetas contemporâneos influenciados pela obra de Pessoa.

Em minhas andanças por Lisboa, conversei algumas vezes com o elegante escritor, a quem fui apresentado pelo saudoso Vasco Graça Moura e dele recebi aplausos pelo meu livro “Existencial de agosto”, que mereceu uma breve mas marcante apreciação crítica do Prêmio Nobel de Literatura José Saramago.

Fernando era uma pessoa que reunia sabedoria e bondade em proporções raras. Ele coordenou em 2004, para o Instituto Camões, o livro Literatura Portuguesa do Século XX, encarregando-se do capítulo referente à poesia. E foi presidente da Associação Portuguesa dos Críticos Literários e em 2015 recebeu o Tributo de Consagração da Fundação Inês de Castro.

Presença constante em São Luís, nos eventos com a grife desta coluna, o DJ Edy, o mais famoso de Brasília, está com um programa de rádio toda sexta-feira, das 20h30 às 22h30, na Rádio Cidade FM, de Goiás. São duas horas de música sem intervalo com o melhor dos anos 70, 80, 90 e 2000 em versões remixes super moderna
Presença constante em São Luís, nos eventos com a grife desta coluna, o DJ Edy, o mais famoso de Brasília, está com um programa de rádio toda sexta-feira, das 20h30 às 22h30, na Rádio Cidade FM, de Goiás. São duas horas de música sem intervalo com o melhor dos anos 70, 80, 90 e 2000 em versões remixes super moderna

Direito do Trabalho e Previdenciário

Garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação trabalhista não é apenas uma boa prática. É uma necessidade estratégica. O compliance trabalhista ajuda a prevenir passivos, reduzir riscos jurídicos e fortalecer a reputação institucional.

Implementar políticas claras, treinamentos contínuos e auditorias internas são passos fundamentais para uma gestão ética e eficiente. Daí a importância de se tornar um especialista apostando no
MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário, que em São Luís é oferecido pela Faculdade de Negócios Faene, instituição com sede no bairro Angelim.  

Para escrever na pedra:

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Frase atribuída a Charles Chaplin mas contestada por muitos.

TRIVIAL VARIADO

Falhas na saúde: de agosto de 2023 a julho de 2024, o Brasil registrou 396.629 falhas relacionadas à assistência à saúde, com 2.363 mortes.

Alta do café: o café moído acumulou alta de 77,8% nos últimos 12 meses, até março de 2025. O produto já subiu 30,04% apenas neste ano.

Ensino superior: metade dos cursos a distância avaliados pelo Enade ficou nos níveis 1 e 2, os menores patamares de aprendizagem.

Internet: o governo tentará nova aproximação com o Congresso para que o tema da regulação das plataformas digitais volte à agenda.

Turismo: o Congresso Nacional de Jornalistas de Turismo será realizado em Belém no mês de junho. O evento tem apoio do Ministério do Turismo, e deverá reunir cerca de 150 profissionais de todo o Brasil.

Nova idade: Marcella Holanda Vilhena comemora hoje, em grande estilo, sua nova idade, reunindo a família para um almoço em sua residência.

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