Vida real

Mãe de jovem com dependência química publica autobiografia

Tita Caldas lança o livro "Drogas - O diário de uma mãe" para retratar experiências pessoais e acolher famílias que se sentem sozinhas na luta contra as drogas.

Evandro Júnior / Na Mira

Atualizada em 18/11/2023 às 11h57
Capa do livro
Capa do livro (Foto: Divulgação)

Quando Tita Caldas percebeu que o filho adolescente utilizava drogas, ela não sabia o que fazer ou a quem recorrer para afastá-lo do vício. Nos anos 1980, as informações sobre o assunto eram escassas, e uma família do interior de Santa Catarina tinha ainda mais dificuldades de descobrir como auxiliar um jovem com dependência química. 

Mesmo assim, a mãe buscou tudo que estava a seu alcance para auxiliar o menino e, quatro décadas depois do início desta jornada, decidiu compartilhar as experiências vividas no livro ‘Drogas - O diário de uma mãe’.

A obra, escrita a punho na época, chega às estantes em um momento em que Tita se sente mais preparada para falar sobre o assunto. Tudo por uma causa nobre: acolher pessoas em situações semelhantes. 

Com este objetivo, expõe sentimentos íntimos para mostrar que as famílias não estão sozinhas nesta luta e, como muitos, enfrentou sentimentos de dor, culpa, raiva e frustração.

O texto reconstrói dolorosos e reais acontecimentos, diálogos, pensamentos e cartas, sem a tentativa de amenizar os traumas. Neste formato confessional, a escritora explicita características comuns de pessoas com vício e que estavam presentes nos hábitos do filho Daniel. As mentiras, as fugas de casa, os ciclos de melhoria e recaída, além do comportamento difícil, são alguns dos episódios relatados.

Apesar disso, ‘Drogas – O diário de uma mãe’ não se propõe a ser um manual de como auxiliar familiares com dependência química, mas levanta a discussão e rompe o silêncio que envolve as drogas. 

Com este lançamento, que faz um recorte de uma década na vida do jovem, desde a adolescência até o início da vida adulta, a autora também eterniza as lembranças do filho. Para além das dificuldades, retrata o carisma, a bondade e o respeito à família que eram intrínsecos da personalidade de Daniel, uma vítima do vício.

Tita Caldas se coloca aberta a críticas, para que os leitores possam aprender com os acertos e erros dela. Em várias partes da narrativa, faz uma autoanálise e pondera o que deveria ter feito diferente.

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