Cerca de 500 mil ucranianos e russos já morreram ou foram feridos no conflito armado que há quase dois anos mantém nações de todo o globo em alerta para a possibilidade de um novo embate mundial.
Com a missão de evitar que pessoas com rostos, nomes, famílias e histórias se transformem apenas em números de mais uma tragédia humana, o jornalista João Alencar lança o livro ‘Ao Vivo da Ucrânia’.
A obra, primeiro relato longo de um brasileiro sobre os horrores da Guerra da Ucrânia, narra episódios presenciados pelo autor durante a atuação como correspondente internacional na linha de frente das ofensivas militares.
Alencar vive em Paris desde 2009 e cobriu os bastidores da batalha para canais de notícias franceses como ITélé, atual CNews, e BFMTV, uma das emissoras mais influentes no país. Ele também produziu reportagens especiais para veículos do Brasil.
Ao longo das páginas, o jornalista traz testemunhos em primeira mão do que viu em meio à carnificina. Histórias reais de mulheres, homens e crianças com quem conversou nos diversos momentos em que esteve na Ucrânia constroem um relato cruel, mas sensível do cotidiano de quem é afetado diariamente pela violência.
Relatos como os de Mariya, que encontrou o corpo do filho morto por soldados russos em uma casa abandonada; Samir, que buscava meios de deixar o país; e Valeriy, que agora vive com uma cratera causada por uma bomba em seu jardim, permitem vislumbrar o que significa viver a guerra na pele.
Além de retratar com fidelidade o cenário contemporâneo no país, o jornalista brasileiro também contextualiza o leitor sobre os eventos que culminaram com a invasão russa em 2022. Alencar faz isso com maestria a partir da própria experiência reportando acontecimentos-chave como a Revolução Maidan, em 2013, e a anexação da Crimeia, em 2014.
A leitura de ‘Ao Vivo da Ucrânia’ possibilita mais que simplesmente conhecer os horrores de um conflito distante. É a oportunidade de se conectar com a humanidade por trás das manchetes e compreender a realidade brutal que milhares de pessoas enfrentam todos os dias. João Alencar não apenas testemunhou a guerra, mas também ouviu as histórias de sobreviventes e compartilha agora suas experiências mais profundas e comoventes.
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